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Alberto Salvá

Nomes Alternativos: Alberto José Bernardo Salvá Contel

8Número de Fãs

Nascimento: 13 de Abril de 1938 (73 years)

Falecimento: 13 de Outubro de 2011

Barcelona - Espanha

Foi um cineasta brasileiro nascido na Espanha e radicado no Brasil desde 1952, naturalizado em 1961.

Em 1952, emigrou com a família para o Rio de Janeiro. Ainda adolescente, trabalhou como pedreiro, pintor de paredes, escriturário e fotógrafo. Interessado desde cedo por cinema, em 1964 passou a assinar críticas de filmes no Jornal dos Sports e matriculou-se num seminário sobre documentário, ministrado pelo sueco Arne Sucksdorff, e promovido pelo Itamaraty no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Em seguida passou a realizar curtas, sendo que já o primeiro, Paixão de Aleijadinho (1965), foi premiado como melhor documentário no Festival de Curtas-metragens da Bahia. Foi diretor de fotografia no média-metragem Nossa Escola de Samba (1964), de Manoel Gimenez, episódio do histórico longa Brasil Verdade, um dos marcos do surgimento do Cinema Novo.

Entre 1966-67, fotografou e montou vários curtas para o Instituto Nacional de Cinema e fundou o grupo Câmara, uma cooperativa a partir da qual produziu, fotografou, montou e dirigiu três episódios de Como Vai, Vai Bem? (1968), sua estréia em longas-metragens. No mesmo período, montou os longas Um Homem e Sua Jaula, de Fernando Cony Campos, e Edu, Coração de Ouro, de Domingos de Oliveira. Em 1972, fundou a produtora Thor Filmes, com Teresa Trautman, para quem foi diretor de fotografia em Os Homens que Eu Tive (1973).

No período da pornochanchada, fotografou, roteirizou e até dirigiu algumas comédias eróticas. Mas seus temas mais recorrentes são as dificuldades de relacionamento, analisadas de forma cômica, como em A Cama ao Alcance de Todos, ou dramática, como em Confissões de uma Mulher Casada. O que não o impediu de enveredar com qualidade autoral pelo relato autobiográfico existencial de Um Homem sem Importância, ou mesmo pelo cinema infantil, em As Quatro Chaves Mágicas, uma recriação do conto João e Maria dos irmãos Grimm.

Na TV Globo, dirigiu vários casos especiais, como Tudo Cheio de Formiga (1975), o primeiro especial em cores da televisão brasileira; além de documentários para o Globo Repórter, e episódios das séries Aplauso (1979), Carga Pesada (1980-81), Obrigado Doutor (1985) e Você Decide (1992).

Em 1983 fotografou Me Beija, de Werner Schünemann. Contratado para dirigir S.O.S. Sex Shop, desentendeu-se com o produtor Pedro Carlos Rovai, que acabou refilmando e remontando o material, creditando a direção a "Alberto S. Contel".

Ainda em 1983 ganhou o concurso nacional de contos eróticos da revista Status, com Alice, que viria a ser a base para o roteiro de A Menina do Lado, uma história de amor entre um escritor quarentão (Reginaldo Farias) e sua vizinha adolescente (Flávia Monteiro, em seu primeiro papel). O filme, além de ter sido um grande sucesso comercial, ganhou prêmios nos festivais de Gramado e Natal.

No período Collor, Salvá foi produtor de Manobra Radical (1991), de Elisa Tolomelli. Em 1997, publicou pela Editora Revan o livro Sexo em Casa ou Tudo que Você Sempre Quis Fazer e Nunca Teve Coragem de Pedir.

A partir de 1990, começou a ministrar cursos de roteiro, a princípio no Parque Lage, na Casa da Gávea e na Casa de Cultura Laura Alvim, mais tarde nas Universidades Cândido Mendes e Estácio de Sá, e mais recentemente no Instituto Brasileiro de Audiovisual – Escola Darcy Ribeiro e na Oficina de Atores do Rio de Janeiro.

Em 2008 dirigiu o filme independente, Na Carne e na Alma, com Karan Machado e Raquel Maia, baseado no livro Deusa Cadela, do escritor fluminense André Abi Ramia.

Faleceu em decorrência de um câncer de fígado.

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