Na pequena Monte Santo, vive Nonô Correia, um homem neurastênico e irritadiço, muitas vezes misterioso, beirando o tragicômico. Ele é um completo pão-duro: tranca a geladeira com cadeados, desliga a luz algumas vezes por semana e despeja, até nos filhos, sua avareza compulsiva - é proibido repetir pratos nas refeições. Sua maior preocupação na vida é fazer economia.
Nonô compartilha o dia-a-dia de constantes sacrifícios com os filhos, Tomás e Elisa, e com a fiel empregada Frosina, que há vinte anos suporta as suas mesquinharias. Mas o velho sovina está longe de ser pobre: tem diversos imóveis que aluga a inquilinos, e esconde em sua casa um tesouro que ninguém sabe onde está, nem mesmo os filhos. O único que partilha seu segredo é o amigo Anselmo, um homem que nutre um amor platônico por Elisa, filha do avarento.
O avesso de Nonô Correia é o Tio Romão, que chega à cidade sem revelar o seu passado. Fala docemente e distribui chazinhos de camomila e bem-me-quer como puro pretexto para conversar com os moradores e lhes dar um pouco de calor humano. Seus chazinhos ficarão conhecidos por toda a cidade, mas as pessoas se assustam com suas palavras certeiras. Alguns o consideram um santo, outros, um feiticeiro.
O conflito maior que envolve esses personagens se dá quando Nonô Correia resolve cortejar a jovem Mariana, que se vê obrigada a aceitar a proposta de casamento em troca do perdão da dívida de seus pais. É quando Tomás passa a disputar com o pai o amor da moça. O rude avarento torna-se mais doce e sensível quando adota o órfão Zezinho, um menino alegre e encantador que amolece o coração do velho com o laço afetivo que nasce entre os dois.
Em meio a todas as histórias, Grace, Bruno, Nonô, Mariana e Tomás, vêem que realmente amor com amor se paga, com direito ao chá de camomila e bem-me-quer do Tio Romão.