Uma Vida Comum

Dirigido e escrito por Uberto Pasolini, Uma Vida Comum, mostra, mesmo que de uma forma melancólica, como a vida seria melhor e mais fácil se as pessoas se importassem umas com as outras, e se dedicassem um pouco mais ao próximo.

John May (Eddie Marsan) trabalha localizando os familiares mais próximos daqueles que morreram sozinhos. Meticuloso e organizado ao extremo, John tem uma vida solitária e faz de seu trabalho a sua principal ocupação. Mesmo com um rendimento excelente em seu trabalho, seu setor é eliminado e John perde seu emprego. Com um último caso para resolver, ele embarca em uma jornada para encontrar a família de Billy Stokes.

Vemos que John realmente se importa com aqueles que morrem e não possuem uma família ou amigos para irem ao funeral. Ele usa todos os recursos que tem para realizar uma cerimônia apropriada para cada pessoa, escolhe o local onde a pessoa será enterrada e até despeja as cinzas daqueles que ficaram esquecidos. Em seu último caso, John se dedica ainda mais para que o que ele passa todas às vezes com as pessoas a quem ajuda não se repita: ele precisa levar a família e os amigos de Billy até o enterro. Em contato com amigos e familiares, John vai conhecendo e desvendando a história de Billy, até conhecer Kelly Stoke (Joanne Froggatt) com quem desenvolve uma relação especial, e a ajuda saber mais sobre o pai.

Não é à toa que John seja tão dedicado no que faz, já que a única diferença entre ele e aqueles a quem ajuda é que ele ainda está vivo. Sua vida solitária e sem aspirações se encaminha para o mesmo final daqueles que morrem sozinhos. Através de planos parados, que são repetidos durante a narrativa, e uma fotografia com cores dessaturadas, sentimos a melancolia e tristeza vivida na rotina de John. A trilha sonora pontual também contribui muito para a atmosfera do filme.

Não importa a vida que você tenha agora ou que um dia já teve, a morte chegará a todos nós. Uma Vida Comum representa isso, de uma forma sensível e solitária, do ponto de vista daquele que faz de tudo para manter a dignidade dos que não possuem ninguém

e acabam esquecidos.

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