Seane Melo

O filme começa com um personagem falando sem parar. Aparentemente um personagem cheio de opiniões típico do Woody Allen. Mais alguns minutos e o jogo vira. A personagem é mais descontrolada e real que àqueles outros personagens. Ela consegue analisar a sua situação e sabe que tudo que está procurando é exatamente aquilo que a levou a loucura!

Fiquei com receio de fazer um crítica ruim ao filme, já que as expectativas eram grandes. No entanto, depois de muito me censurar por ter assistido ao filme quase como se fosse um seriado (pausando toda hora), percebi que isso, por isso só, já era prova das falhas em The Place Beyond the Pines. O filme não consegue cativar, não prende e deixa o espectador apenas ansioso para entender quem será o "verdadeiro" protagonista do filme. Só consegui gostar da produção perto dos 30 minutos finais. Quanto recuperei a fé de que a história poderia chegar a algum lugar. Chegou.

Tarantino fez meus olhos brilharem. Esqueci minha cisma com esguichos de sangue. Esqueci minha birra com tipografia brega para dar ar de vintage e cult. Não sei se o filme merece ganhar o Oscar, se houve uma cópia de westerns ou se a questão social não recebeu tratamento adequado. A única coisa que gostaria de falar, na minha mais que humilde e nada embasada opinião, é que Django vale cada um dos 165min.