Últimas opiniões enviadas
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Uma Vida Oculta
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Estava receoso de ver este filme no cinema. Adoro os primeiros filmes do Malick, mas seus trabalhos mais recentes não me agradaram nenhum pouco. Aqui, felizmente ele abandona o estilo enfadonho adotado a partir de "A arvore da vida" e explorado à exaustão em suas obras seguintes.
O resultado é um filme de extrema beleza, sensível, com atuações impecáveis (por justiça, o ator principal merecia se tornar um astro). O melhor de Malick desde a obra-prima "Além da linha vermelha". Muito injustiçado na temporada de premiações. É poético e filosófico, mas não chato ou inacessível; segue uma estrutura linear para contar uma história real e surpreendente. Sem palavras para a fotografia. Visualmente, é o filme mais bonito que já vi no cinema!
Um poema lindo sobre o amor à família e a fé e devoção a Deus. Vai ficar em minha mente por muito tempo.
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Roda Gigante
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O melhor Woody Allen desde "Meia-noite em Paris". É equiparável a "Blue Jasmine", só que gostei bem mais deste. Consegui gostar e torcer pela felicidade da protagonista, brilhantemente interpretada por Kate Winslet, talvez em sua melhor atuação (e que injustamente está sendo esquecida nas premiações) como uma dona de casa carente por amor e atenção.
A fotografia de Vittorio Storaro é um show a parte, aqui ela tem função narrativa e é um verdadeiro deleite. Outros acertos são a trilha sonora, os figurinos e a ambientação da época. Com relação aos outros atores, James Belush e Juno Temple estão muito bem em personagens razoáveis (achei que a personagem dela ia se rebelar em algum momento). O ponto fraco é Justin Timberlake, que tem um papel importante na trama, mas que não surpreende em nenhum momento.
Lançado em meio a um redemoinho de polêmicas por parte de seu realizador, "Roda Gigante" é um dos pontos altos na carreira recente de Woody Allen. Um belo filme sobre os altos e baixos da vida (o título é lindo e cai como uma luva). Muito bom!
O roqueiro francês Johnny Hallyday não tem a presença forte de um Franco Nero ou de um Klaus Kinski, e Ennio Morricone faz falta na trilha sonora, mas este é um Western spaghetti de respeito. O enredo é bem estruturado, a fotografia é linda. Corbucci é um excelente diretor e marcou o subgênero com obras-primas como "Django", "O vingador silencioso" e "Vamos matar, companheiros!". Certamente não irá desapontar os fãs do bang bang à italiana.