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31 years, Palmeira Dos Indos, Alagoas, Brazil (BRA)
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Sim, sei bem que nunca serei alguém.
Sei, enfim, que nunca saberei de mim.
Mas, enquanto minha alma viver
deixa-me acreditar no que nunca poderei ser.
http://eltonsdl.blogspot.com/

Últimas opiniões enviadas

  • Elton

    Segunda temporada sensacional, devorei em 3 dias.
    As lutas estão mais desenvolvidas, a presença do Justiceiro foi sensacional (às vezes empolgava mais que a do próprio Demolidor) e bem encarnada pelo ator; os personagens conseguiram se desenvolver melhor, com mais profundidade. Mas, no geral, ficou a sensação de que as coisas aconteceram rápido demais e com brechas demais. Ou talvez a série tenha pecado em querer apresentar muitos elementos, personagens, tramas e subtramas em um curto espaço de tempo. Isso não tornou a temporada ruim, mas nesse quesito achei a primeira superior, com a trama bem mais amarrada e coesa.

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  • Elton

    AVISO: Esse post é dos grandes, leia por sua conta e risco.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Não é minha pretensão que esse texto seja uma “resenha crítica tradicional”, até porque seria um tanto irônico fazer uma resenha desse tipo sobre um filme que, dentre outras coisas, problematiza o papel da crítica cinematográfica. Portanto, vou considerar esse texto como apenas um apanhado de impressões pessoais, considerações particulares sobre uma obra de arte. E não seriam isso as resenhas críticas, afinal? Produtos subjetivos de alguém que escreve baseado em suas interpretações (ainda que aqui ou acolá se ancore em pontos mais ou menos objetivos)? É sempre um tanto problemático pensar a crítica à arte, especialmente numa perspectiva normativista – que muitos ainda insistem em aplicar. Woody Allen, por exemplo, nunca comparece às premiações do Oscar, quando indicado. Segundo ele, não é possível julgar um filme com bases valorativas definidas a ponto de se premiar ou não a obra. Ele diz que numa corrida, por exemplo, existem regras muito bem claras para que o vencedor seja eleito – você vê claramente quem correu mais e melhor e, por conseguinte, chegou em primeiro lugar. Mas, em se tratando de arte, qual o critério? Por isso, torno a dizer: essas são minhas impressões pessoais, sem a mínima pretensão de bocejar uma verdade absoluta sobre Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), a obra vencedora na categoria de melhor filme do Oscar 2015.
    Como eu havia dito acima, Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), trata de assuntos diversos através de sua metalinguaguem e semiótica: a necessidade/importância de ser alguém na vida (no sentido profissional e existencial da expressão), a dinâmica do mercado cinematográfico, o valor da arte e do artista no mundo contemporâneo e o papel da crítica no campo das artes. Dois momentos sensacionais do filme ilustram bem este último ponto. Primeiro, quando o personagem de Edward Norton (Mike), citando Flaubert, diz: "Um homem torna-se um crítico quando ele não pode ser um artista da mesma maneira que um homem se torna um informante quando ele não pode ser soldado.” Touché! Eis o primeiro golpe de misericórdia feito à crítica – obviamente àquela crítica mesquinha, desonesta, parcial, insincera, se é que existe um outro tipo. Quero crer que sim. O segundo momento de crítica à crítica virá mais adiante, prossigamos.
    “Qual a importância da arte no mundo de hoje?” é outra questão que o longa levanta. O protagonista da história (Riggan Thomson), interpretado por Michael Keaton, foi um ator de sucesso no passado, ao fazer o papel do super herói Birdman em diversos filmes. Com o passar dos anos, tentando recuperar a glória de outrora e desejando evoluir como artista, Riggan Thomson escreve e dirige uma peça teatral mais séria e mais adulta. Ele quer, a todo custo, provar seu valor no mundo da arte (para além do entretenimento e do banal), sem no entanto conseguir o mesmo sucesso que tinha quando fazia seus filmes de ação e aventura. O protagonista é então constantemente assombrado pelo passado, perguntando-se se não deveria voltar a fazer os filmes do herói Birdman, que era o que realmente rendia fama, dinheiro e reconhecimento do público. Eis aqui um dilema enfrentado por qualquer artista sincero: fazer o que rende sucesso e visibilidade ou fazer arte séria e comprometida? Riggan Thomson começa a lembrar de cenas dos seus antigos filmes de super herói e a voz sussurra em sua mente: “Olhe para eles, para os olhos deles... Eles estão brilhando. Eles amam sangue, amam ação. Nada dessa conversa depressiva e filosófica.” O protagonista percebe, então, que não adianta tentar produzir uma obra que leve à reflexão, à construção do pensamento e do senso estético em pleno século XXI, na era do Twitter e do Facebook, quando todos só querem distrações fugazes, material enlatado, de fácil e rápido consumo. Aliás, em uma das cenas do filme, o protagonista sai por acidente pelas ruas de Nova York apenas de cueca. Os transeuntes o filmam, o vídeo cai na internet e em poucas horas consegue mais sucesso que a peça séria e cheia de valores artísticos. Que mundo deprimente, não? O que estamos valorizando mais hoje em dia? Que diabos...
    Mas engana-se quem pensa que com isso o filme critica de forma unilateral e um tanto batida a cultura de massa, a cultura pop, a arte de entretenimento e a indústria. Há alguns momentos em que se questiona também se esse tipo de arte de massa não teria também seu valor e como lidamos com a arte dita mais erudita – pois é comum que as pessoas ostentem certos gostos artísticos “refinados” somente como um mero adorno de vaidade. Prova disso é a fala da personagem de Emma Stone (Sam): “Você faz uma peça baseada em um livro escrito há 60 anos para pessoas brancas, velhas e ricas, que só se preocupam com o lugar que vão tomar café com bolo quando acabar.”
    Oh, céus! Será que tudo é assim tão descartável? Será que é só isso? Será que os artistas estão perdendo tempo, só perdendo tempo, tentando trazer algo mais para esse mundo enquanto as pessoas só estão preocupadas com o restaurante depois do espetáculo (e com o registro devidamente fotografado de que estiveram lá)?
    Mas há sim momentos em que a cultura de massa, as obras de entretenimento são valorizadas. Não importa se Birdman era só um filme popular de super heróis, o protagonista percebe que havia muito amor, esforço e empenho nas produções e que aquilo tinha seu valor – pois as pessoas amavam aqueles filmes que davam a elas um pouco de diversão, relaxamento e alguma esperança num mundo cada vez mais problemático. Com isso, o roteiro foge do senso comum e do discurso ultrapassado do “anticomercial”, evidenciando as múltiplas facetas e a complexidade do assunto. E ao invés de promover uma visão de que a cultura pop é apenas lixo, afirma que ela também tem seu valor. Uma cena que corrobora isso: o protagonista Riggan Thomson encontra uma crítica de cinema em um bar. Ela prepara uma resenha jornalística que irá difamar e destruir a peça dele, mesmo sem ela nem ainda tê-la assistido. Segue o diálogo:
    “- Vou destruir você e tudo o que você representa. Intitulados, egoístas e crianças mimadas. Totalmente destreinados, desconhecedores e despreparados para produzir arte de verdade.
    - O que tem que acontecer na vida de uma pessoa para acabar se tornando um crítico? Isso não passa de etiquetas. Você só sabe etiquetar tudo. Você é uma filha da mãe preguiçosa. Você é preguiçosa. Você sabe o que é isso? (mostra uma flor para a crítica)Você nem sabe o que é isso, não sabe. Sabe por quê? Você não pode ver isso se não rotulá-la. Você confunde esses sons na sua cabeça com verdadeiro conhecimento.
    - Acabou?
    - Não, não acabei. Não há nada aqui sobre técnica, sobre estrutura, nada sobre intensidade. Só opiniões de merda feita por comparações de merda. Você escreve alguns parágrafos... Sabe do quê? Nada disso custou nada a você. Você não está arriscando nada, nada. Eu sou a porra de um ator. Essa peça me custou tudo.”
    BANG! Eis o segundo e fulminante ponto de crítica à crítica. É muito fácil detonar um trabalho que levou investimento de tempo, de finanças, de suor e de afeto sentadinho confortavelmente na sua cadeira, o único esforço sendo o dos dedos para digitar no seu computador, não é?
    Ainda não assisti aos demais filmes que concorreram ao Oscar, por isso estou sem bases comparativas pra poder dizer se Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) foi realmente merecedor do prêmio de melhor filme – embora isso seja muito subjetivo, como eu disse no início. Mas com certeza gostei bastante dele, achei-o um ótimo filme, que levanta muitas outras questões além das que destaquei aqui. Não agradará a todos, é certo, ele tem um ritmo mais lento (pra contrastar com a ação fulminante dos filmes de super heróis blockbusters) e uma estética diferente do habitual para os padrões de Hollywood (por exemplo, sua trilha sonora composta quase que exclusivamente por compassos de bateria free jazz ou sua filmagem em plano sequência).
    No fim, acredito que Birdman cumpre com sua proposta e que consegue, por algumas horas, fazer a mente do telespectador voar.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Raíssa
    Raíssa

    Ah, muito obrigada! E disponha haha

  • Raíssa
    Raíssa

    Muito obrigada! Tenho sim, vou te adicionar (desculpe a demora, não entro direito aqui).

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