Gabriel Tomaz

É nesse momento que Girls deixa de falar de meninas e passa a crescer com seus personagens. De longe a temporada mais madura da série, com os discursos mais interessantes, a relação discutida da forma mais sóbria e humana.

A necessidade de uma série que vá de encontro a séries adolescentes que gostam de abordar temas confortáveis, Girls nos apresenta uma versão da vida muito mais madura e dramática, costurada de forma trágica. A evolução de cada um dos personagens é feita de uma forma magnífica engrandecendo a série a cada episódio.

Se a série já pareceu infantil e ingênua em algum momento de sua trajetória, é na quinta temporada que essas características perdem vez, para a apresentação de um cenário real, cruel e humano da relação das personagens. Não há como não adquirir empatia por cada um dos personagens da série.

Um ode a solidão contemporânea, um retrato deslumbrando da evolução de uma geração solitária diante a um infinito de possibilidades. Uma ilustração da solidão acompanhada.

O começo da temporada é o ápice da série, mantendo de forma construtiva a trama em alta, o fim dela é um desfecho impactante influenciando todo o decorrer da ultima temporada, a qual estou ansioso e receoso se assistir, por ter de chegar ao fim.