Jonathan

Embora o ritmo seja ocasionalmente irregular, a segunda metade faz a espera valer a pena.
Como é bom ver um filme de terror sem nenhum tipo de alívio cômico e com uma diretora com sangue nos olhos, sem medo de perturbar o espectador.

O Timothée Chalamet gritando é a minha religião.

O que mais me dói é o desperdício de oportunidade.
Demora-se décadas até que alguém faça um projeto como esse acontecer. E quando finalmente acontece, é isso que nos entregam.
Um material sem qualquer senso de ritmo, em que os acontecimentos se atropelam e muitas vezes sequer se conectam, parecendo mais uma série de esquetes aleatórias.
Fiquei me perguntando se o intuito não era fazer uma paródia, pois foi essa a impressão que o exagero nas atuações e o roteiro atroz me trouxeram.
E nem vou entrar no mérito de como as personagens femininas desse filme são retratadas. Um verdadeiro absurdo.
Estou assustado com a quantidade de artistas importantes do nosso país que têm sido retratados nos últimos anos em cinebiografias aquém do esperado.
E é triste constatar que justamente um dos mais marcantes foi quem recebeu a pior delas.