Lúcia

Uma das melhores adaptações da literatura pro cinema que eu já vi. Lindo filme.
Concordo com cada palavra da Aniely: "Um dos filmes mais lindos que já vi. Sensível, poético e intenso."

Assisti pela quarta vez, aproveitando que terminei de ler o livro de Steinbeck esses dias. Continua sendo um dos meus filmes mais queridos, senão o favorito. Não é exatamente fiel à história original. Muitas situações mudam, e o filme nem menciona dois dos personagens principais, Samuel Hamilton e o querido Lee, que tem uma importância vital na vida dos irmãos Aron e Cal. Até o glorioso salgueiro estava lá, na cena do aniversário de Adam, mas nada de Lee. Mas Elia Kazan sem dúvida fez um grande trabalho com este filme, e James Dean está em um dos melhores papéis de sua carreira, só perdendo, na minha opinião, para o divertido Jett, de Assim Caminha a Humanidade. Recomendo muito a leitura do livro. O filme se concentra no relacionamento entre Cal Trask e o pai, mas o livro traz uma mensagem muito mais ampla, tendo como centro a discussão sobre bem e mal, e sobre o poder que o ser humano possui de escolher entre um e outro.

Gostei da adaptação, achei divertida, bem feita, leve, personagens bem caracterizados, e não fugiu muito à história original. Adorei a narração. Por enquanto só li o primeiro livro da série, e não me parece que os outros entraram nessa adaptação, não. Marvin ficou ótimo, mas continuou me incomodando, como incomodou no livro, o uso do termo "maníaco-depressivo" pra defini-lo. Aparentemente Douglas Adams não tinha noção do significado do termo. Marvin é somente depressivo, não existe absolutamente nada de maníaco nele. O que Douglas Adams provavelmente quis dizer foi que Marvin é obsessivo em relação aos pensamentos depressivos que tem. Mas o termo que ele usou está errado. Perdão pela aula que ninguém pediu, rs. Mas em geral a adaptação não me decepcionou, embora pudesse ser melhor. Amei a musiquinha na abertura e no final. Certamente vou ficar com ela na cabeça por dias.