O documentário relata a evolução do status da arte de rua e de certa forma mostra como o status da arte muda de acordo com sua exibição. Os artistas desconhecidos das ruas são tratados como criminosos, tendo que expor sua crítica escondidos, e assim que conseguem uma notoriedade (como Shepard Fairey e Banksy) passam a ser vistos como gênios da arte e visados pela mídia e por celebridades. De certa forma o documentário também acaba criticando aquele que fez grande parte das filmagens presente nele, Thierry Guetta, que por ser muito caricato acaba gerando a dúvida se esse não seria um personagem criado por Banksy para criticar essa mudança de status da arte. Essa suposta crítica é enfatizada no momento em que Thierry é “mandado” por Banksy a praticar sua arte e começa a organizar sua própria exposição, que mesmo sem ter notoriedade, acaba atraindo a mídia e vários “admiradores”, isso tudo utilizando de um estilo artístico claramente baseado (ou copiado?) de outros grandes nomes da pop art e da street art.
Muitos ficaram decepcionados com o remake, na minha opinião, por pensarem que iriam assistir a um filme igual ao original, que é excelente. Ainda bem que não fizeram uma cópia do original pois a ideia de futuro da década passada não caberia e nem venderia atualmente, os únicos que iriam assistir seriam os saudosistas. Para mim o diretor Len Wiseman fez a escolha certa ao dar um novo olhar ao clássico de 90, para que a atual geração se empolgue com o que vê ali. Isso também é importante para que os mais interessados no cinema busquem o original para ver como era a visão do futuro da década passada. Se fosse feita uma espécie de cópia do original, além de não ser necessário não faria sentido, pois ninguém hoje em dia compra a ideia de que em um futuro haverá mutantes. Antigamente as pessoas compravam a ideia pois a ciência estava evoluindo rapidamente, novas drogas estavam sendo feitas, novas doenças sendo conhecidas. Eu realmente gostei do remake, ele não é tão bom quanto o original, mas não deixa de ser um filmaço. Para aproveitar 100% do filme é bom não fazer comparações, principalmente entre os protagonistas, pois comparar Colin Farrel com Schwarzenegger não tem lógica.
Anjos da Lei foi uma série policial dos anos 80 que fez história e marcou os jovens da época por apresentar personagens carismáticos inseridos no ambiente mais comum a todos eles, a escola. O filme Anjos da Lei não tem praticamente nenhuma ligação do anterior, apenas a premissa e algumas detalhes. Para os fans mais radicais da série isso pode ser um problema, mas para desfrutar desse filme é necessário deixar de lado as boas lembranças da série e se focar apenas no filme, que ousa em chutar a bunda do politicamente correto e exagerar nas piadas no sense e nos esteriótipos. Em um outro filme isso até poderia ser um grande problema, mas existe lugar com mais esteriótipos que uma escola? Por arriscar deixando de lado o politicamente correto o filme acaba se diferenciando do restante e também subindo seu nível com um roteiro ótimo de Jonah Hill, que faz um grande trabalho ao lado de Channing Tatum. Com muitas piadas escancaradas e muito engraçadas, alguns momentos hilários e várias referências à série original, Anjos da Lei com certeza é uma das melhores comédias dos últimos anos e merece ser apreciada.
Tropa de Elite foi um sucesso em todo o Brasil, e não demorou muito para chegar ao conhecimento do resto do mundo. Com tamanho sucesso ja era óbvio que teríamos uma sequência, mas a pergunta é: José Padilha fez um filme único, conseguiria ele repetir tal proeza na sequência ou o segundo filme enterraria de vez a "franquia"? E com todos esses questionamentos chegou Tropa de Elite 2, mais uma vez dando tapa na cara da sociedade e cutucando a ferida dos problemas que só os brasileiros conhecem. Mas, ao invés de seguir a linha do primeiro filme e apontar o tráfico como a principal escória da sociedade brasileira, aqui "o buraco é mais embaixo", como diria o agora Tenente-Coronel Nascimento. Esse filme segue muito mais os passos do Nascimento do que o anterior, mostrando realmente a degradação do personagem ao longo da trama em mais uma atuação impecável de Wagner Moura. Falando em atuação, talvez seja esse o único problema do filme: alguns atores que forçam o personagem e se perdem do tom realístico da obra. E já que estamos falando de realidade, não podemos deixar de dar os créditos para José Padilha por não seguir a linha dos filmes de ação de ter um personagem intocável e não abrir mão de sacrifícios para dar ainda mais realidade à trama. Tropa de Elite 2 não desaponta, muito pelo contrário, mantém o ótimo nível do primeiro filme e mostra que para fazer um filme do mais alto nível no Brasil não é necessário ficar batendo na mesma tecla de sempre utilizar atores globais em comédias pastelonas. E mostra também que não é necessário efeitos especiais e explosões gigantescas para se fazer um filme de ação.
A dupla de produtores Mark Canton e Gianni Nunnari foram apresentados ao público com o épico 300, mas depois disso não fizeram nenhum trabalho notório. Parece que eles notaram que a fórmula para um épico grego atualmente é seguir essa roupagem do filme 300, com muita computação gráfica e cenários belos e estilizados. Apesar de seguirem esse conceito, que até funciona bem aqui, o filme não agrada pois o diretor Tarsem Singh, que é indiano, tenta trazer para o épico uma cara mais "bollywoodiana". Apesar de ser uma mistura bem inusitada, alguns pontos ficaram muito bons, como no uso da câmera lenta nas lutas. Enquanto em 300 a camêra lenta (característica do diretor Zack Snyder) serve para enfatizar o golpe em sí, em Imortais ela é utilizada para enfatizar a coreografia (característica dos filmes de bollywood). Fora isso o diretor também tenta trazer para o filme o sistema de castas da Índia (deturpando o mito grego, talvez o maior erro do filme), colocando Teseu como um bastardo, enquanto no mito Teseu era um príncipe. Além disse o filme se apega em clichês do gênero em cima de um roteiro bem superficial e uma atuação razoável de Henry Cavill. Apesar dos vários defeitos o filme pode ser divertido, principalmente nas cenas de ação. Não é um filme totalmente descartável mas não também uma obra obrigatória a todo bom cinéfilo.
Super 8 é claramente um filme que resgata o auge do suspense de ficção científica em uma época onde destruição em massa é o que atraí o público. Claro que aqui também temos destruição, mas de uma forma mais poética. O enredo é bem superficial em alguns pontos, por exemplo o garoto que perde a mãe em um acidente horrível, mas como foi esse acidente? Ninguém sabe. Mas, essa falta de informação no filme é proposital para que o clima de suspense vá crescendo aos poucos e só então atinja seu ápice depois de cerca de 1 hora de filme. Em alguns momentos é notável como a experiência de um diretor pesa no filme, como na parte onde o funcionário do posto de gasolina vai ver o que causou a destruição do carro. Nesse momento J.J. Abrams usa uma camêra posicionada na poça d'água para mostrar, mais uma vez, a falta de informação que aquele personagem tem. O nome do filme é devido ao modelo da câmera usada nas filmagens do projeto dos garotos, mas pode ser entendido também como se as lentes dessa câmera fossem os olhos do garoto, que após a morte da mãe encontra um mundo totalmente novo e bagunçado. Para finalizar, a fotografia do filme funciona perfeitamente, assim como um verdadeiro filme de ficção científica deve ser e ao mesmo tempo ambienta ainda mais o filme na epoca em que se passa.
Ao longo dos anos já presenciamos diversos filmes baseados em histórias reais que são um verdadeiro lixo. Isso porque alguns diretores e roteiristas pensam que um filme nesse estilo só deve ser contado do início ao fim sem nenhuma "adaptação". Não é o caso de O Vencedor, onde, mesmo com um roteiro já pré-programado, consegue fazer reviravoltas brilhantes. O diretor David O. Russell brilha aqui, as escolhas de camêras caracteristicas das transmissões de boxe dos anos 90 deram uma ambientação incrível e ainda mais realista ao filme. O ponto mais brilhante do diretor, que vale ser lembrado aqui é o ponto de vista adotado no filme. No início os personagens e a situação te fazem pensar de uma maneira, mas na metade do filme você nota que aquilo era o ponto de vista de apenas um personagem, o que não retratava o que realmente estava acontecendo. Mas nada no filme foi mais brilhante que a atuação de Christian Bale, que já se mostrou um ator versátil em outros trabalhos e mesmo assim surpreende aqui. Em O Vencedor Bale vive um ex-lutador drogado e para viver esse papel o ator teve que fazer uma dieta rigorosa, que é facilmente notada na aparência do ator, que chega a ser monstruosa em alguns momentos, retratando bem a realidade de um dependente químico. Resumindo, O Vencedor é um filme brilhante que merece ser assistido até mesmo por aqueles que não gostam de boxe, afinal aqui a mensagem não é o esporte e sim a lição de vida.
Não assista ao filme achando que vai encontrar um tipo de ação inovadora, muito pelo contrário, aqui podemos ver muita coisa que foi usado principalmente nos anos 80, a década clássica dos filmes de ação. Esse não é um ponto ruim do filme, afinal está ficando cada vez mais escasso filmes e atores desse gênero "brucutu" na atualidade. Podemos citar apenas Jason Statham como seguidor desse legado atualmente (talvez esteja esquecendo mais alguem, mas é o único que me vem a mente agora), e é aí que o filme brilha. Quem não curte muito do gênero pode achar o filme "mais do mesmo", mas quem é fã mesmo de uma ação frenética com certeza vai curtir o filme, afinal a proposta é genial: trazer os clássicos representantes da ação dos anos 80 e 90 (Stalone, Dolph Lundgren, Jet Li e outros) unindo com a "nova geração" (Jason Statham e os esportistas Randy Couture, Steve Austin e outros). Com um time desses é difícil fazer algo ruim, ainda mais quando você da a cada um o espaço que merece e deixa ele fazer o que faz de melhor (como deixar Jet Li dar suas voadoras e acrobacias lendárias), mas fato é que poderia ter sido algo mais inovador. Apesar dos defeitos Os Mercenários é um filme obrigatório a todos os amantes dos filmes de ação e ao mesmo tempo resgata e homenageia a década gloriosa do genero.
O filme pode ser dividido em 2 partes. A primeira funciona muito bem, é excelente, contém várias cenas muito bem pensadas (uma delas virou um símbolo dos filmes de espionagem) e o roteiro é complexo mas muito bem dosado. Isso até a metade do filme, que é quando começa a "segunda parte". Daí em diante o filme se perde um pouco na sua complexidade e tenta se resolver muito rápido (isso poderia ter sido concertado com mais alguns minutos de filme), mas mesmo assim continua com cenas de ação muito bonitas e de tirar o fôlego, que podem ser meio exageradas para alguns. Apesar de conter esses defeitos o filme funciona bem e é muito divertido, mas aqui vai uma dica, não veja o filme comparando com os filmes de espionagem dos dias de hoje, tente se localizar nos anos 90 para ter uma experiência completa.
Drive é uma homenagem aos filmes de herói presentes principalmente nos anos 80 e 90 e engloba diversas características presentes nesse estilo, mas dando um toque irônico em cada uma delas. Por exemplo, aqui o herói é um dublê de filmes que em seu trabalho encontra uma "falsa ação" e não se contenta com isso, então procura uma vida de ação verdadeira, de adrenalina, em um mundo ilegal. A trajetória do protagonista é bem marcada ao longo do filme através de sua jaqueta. Enquanto ele, no início do filme, é quieto e observador, sua jaqueta permanece limpa e intocada. Ao longo do filme, com os acontecimentos que mudam o pensamento do personagem, a jaqueta vai ficando suja, assim como a situação do protagonista. Por falar na jaqueta, ela tras o desenho de um escorpiao nas costas, isso mostra a personalidade do protagonista, que tenta não se envolver com seus trabalhos mas que assim como na historia do Escorpião e do Sapo (citada no filme), segue seus instintos e faz o inevitável. Outro diferencial do filme também são as cenas e o enquadramento do filme, que foram comparadas por muitos às cenas de Tarantino, apenas por utilizar algumas vezes cenas mais violentas do que o "normal" utilizado na indústria. Essa comparação é inválida pois o Tarantino utiliza de muito diálogo, enquanto aqui o diálogo é raro, e podemos dizer também que não é necessário, pois apenas nos olhares dos personagens é possível notar seu pensamento. Outro ponto a ser aclamado no filme é a trilha sonora, fantástica e que só complementa o trabalho do diretor e dos atores. Não é atoa que o filme foi aplaudido durante 15 minutos no festival de Cannes, e é uma pena que ele não tenha recebido mais indicações ao Oscar. E não assista ao filme pensando ser uma formula barata de ação com o objetivo apenas de ganhar dinheiro, como Velozes e Furiosos. Um trabalho incrível do diretor, dos atores e também da equipe de som, que brilha nesse filme. Drive é muito mais que um filme, é uma obra de arte.
Genial esse filme. Muita ação, muito sangue, alguns momentos engraçados e uma atuação impecável de Brad Pitt e principalmente de Christoph Waltz. Assim como em outros filmes do diretor, esse também traz diversas referências a alguns estilos cinematográficos e filmes antigos, como nas cenas de tiroteio que claramente foram inspiradas nos filmes de western. A violência gore característica dos filmes do Tarantino certamente está presente aqui e não decepciona. E assim como os outros filmes do diretor, esse merece ser visto e aplaudido.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Saída Pela Loja de Presentes
4.3 195O documentário relata a evolução do status da arte de rua e de certa forma mostra como o status da arte muda de acordo com sua exibição.
Os artistas desconhecidos das ruas são tratados como criminosos, tendo que expor sua crítica escondidos, e assim que conseguem uma notoriedade (como Shepard Fairey e Banksy) passam a ser vistos como gênios da arte e visados pela mídia e por celebridades.
De certa forma o documentário também acaba criticando aquele que fez grande parte das filmagens presente nele, Thierry Guetta, que por ser muito caricato acaba gerando a dúvida se esse não seria um personagem criado por Banksy para criticar essa mudança de status da arte.
Essa suposta crítica é enfatizada no momento em que Thierry é “mandado” por Banksy a praticar sua arte e começa a organizar sua própria exposição, que mesmo sem ter notoriedade, acaba atraindo a mídia e vários “admiradores”, isso tudo utilizando de um estilo artístico claramente baseado (ou copiado?) de outros grandes nomes da pop art e da street art.
O Vingador do Futuro
3.0 1,6K Assista AgoraMuitos ficaram decepcionados com o remake, na minha opinião, por pensarem que iriam assistir a um filme igual ao original, que é excelente.
Ainda bem que não fizeram uma cópia do original pois a ideia de futuro da década passada não caberia e nem venderia atualmente, os únicos que iriam assistir seriam os saudosistas.
Para mim o diretor Len Wiseman fez a escolha certa ao dar um novo olhar ao clássico de 90, para que a atual geração se empolgue com o que vê ali. Isso também é importante para que os mais interessados no cinema busquem o original para ver como era a visão do futuro da década passada.
Se fosse feita uma espécie de cópia do original, além de não ser necessário não faria sentido, pois ninguém hoje em dia compra a ideia de que em um futuro haverá mutantes. Antigamente as pessoas compravam a ideia pois a ciência estava evoluindo rapidamente, novas drogas estavam sendo feitas, novas doenças sendo conhecidas.
Eu realmente gostei do remake, ele não é tão bom quanto o original, mas não deixa de ser um filmaço. Para aproveitar 100% do filme é bom não fazer comparações, principalmente entre os protagonistas, pois comparar Colin Farrel com Schwarzenegger não tem lógica.
Anjos da Lei
3.6 1,4K Assista AgoraAnjos da Lei foi uma série policial dos anos 80 que fez história e marcou os jovens da época por apresentar personagens carismáticos inseridos no ambiente mais comum a todos eles, a escola.
O filme Anjos da Lei não tem praticamente nenhuma ligação do anterior, apenas a premissa e algumas detalhes.
Para os fans mais radicais da série isso pode ser um problema, mas para desfrutar desse filme é necessário deixar de lado as boas lembranças da série e se focar apenas no filme, que ousa em chutar a bunda do politicamente correto e exagerar nas piadas no sense e nos esteriótipos. Em um outro filme isso até poderia ser um grande problema, mas existe lugar com mais esteriótipos que uma escola?
Por arriscar deixando de lado o politicamente correto o filme acaba se diferenciando do restante e também subindo seu nível com um roteiro ótimo de Jonah Hill, que faz um grande trabalho ao lado de Channing Tatum.
Com muitas piadas escancaradas e muito engraçadas, alguns momentos hilários e várias referências à série original, Anjos da Lei com certeza é uma das melhores comédias dos últimos anos e merece ser apreciada.
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro
4.1 3,5K Assista AgoraTropa de Elite foi um sucesso em todo o Brasil, e não demorou muito para chegar ao conhecimento do resto do mundo. Com tamanho sucesso ja era óbvio que teríamos uma sequência, mas a pergunta é: José Padilha fez um filme único, conseguiria ele repetir tal proeza na sequência ou o segundo filme enterraria de vez a "franquia"?
E com todos esses questionamentos chegou Tropa de Elite 2, mais uma vez dando tapa na cara da sociedade e cutucando a ferida dos problemas que só os brasileiros conhecem.
Mas, ao invés de seguir a linha do primeiro filme e apontar o tráfico como a principal escória da sociedade brasileira, aqui "o buraco é mais embaixo", como diria o agora Tenente-Coronel Nascimento.
Esse filme segue muito mais os passos do Nascimento do que o anterior, mostrando realmente a degradação do personagem ao longo da trama em mais uma atuação impecável de Wagner Moura.
Falando em atuação, talvez seja esse o único problema do filme: alguns atores que forçam o personagem e se perdem do tom realístico da obra.
E já que estamos falando de realidade, não podemos deixar de dar os créditos para José Padilha por não seguir a linha dos filmes de ação de ter um personagem intocável e não abrir mão de sacrifícios para dar ainda mais realidade à trama.
Tropa de Elite 2 não desaponta, muito pelo contrário, mantém o ótimo nível do primeiro filme e mostra que para fazer um filme do mais alto nível no Brasil não é necessário ficar batendo na mesma tecla de sempre utilizar atores globais em comédias pastelonas. E mostra também que não é necessário efeitos especiais e explosões gigantescas para se fazer um filme de ação.
Imortais
2.9 1,9K Assista AgoraA dupla de produtores Mark Canton e Gianni Nunnari foram apresentados ao público com o épico 300, mas depois disso não fizeram nenhum trabalho notório.
Parece que eles notaram que a fórmula para um épico grego atualmente é seguir essa roupagem do filme 300, com muita computação gráfica e cenários belos e estilizados.
Apesar de seguirem esse conceito, que até funciona bem aqui, o filme não agrada pois o diretor Tarsem Singh, que é indiano, tenta trazer para o épico uma cara mais "bollywoodiana".
Apesar de ser uma mistura bem inusitada, alguns pontos ficaram muito bons, como no uso da câmera lenta nas lutas. Enquanto em 300 a camêra lenta (característica do diretor Zack Snyder) serve para enfatizar o golpe em sí, em Imortais ela é utilizada para enfatizar a coreografia (característica dos filmes de bollywood).
Fora isso o diretor também tenta trazer para o filme o sistema de castas da Índia (deturpando o mito grego, talvez o maior erro do filme), colocando Teseu como um bastardo, enquanto no mito Teseu era um príncipe.
Além disse o filme se apega em clichês do gênero em cima de um roteiro bem superficial e uma atuação razoável de Henry Cavill.
Apesar dos vários defeitos o filme pode ser divertido, principalmente nas cenas de ação. Não é um filme totalmente descartável mas não também uma obra obrigatória a todo bom cinéfilo.
Super 8
3.6 2,5K Assista AgoraSuper 8 é claramente um filme que resgata o auge do suspense de ficção científica em uma época onde destruição em massa é o que atraí o público.
Claro que aqui também temos destruição, mas de uma forma mais poética.
O enredo é bem superficial em alguns pontos, por exemplo o garoto que perde a mãe em um acidente horrível, mas como foi esse acidente? Ninguém sabe.
Mas, essa falta de informação no filme é proposital para que o clima de suspense vá crescendo aos poucos e só então atinja seu ápice depois de cerca de 1 hora de filme.
Em alguns momentos é notável como a experiência de um diretor pesa no filme, como na parte onde o funcionário do posto de gasolina vai ver o que causou a destruição do carro. Nesse momento J.J. Abrams usa uma camêra posicionada na poça d'água para mostrar, mais uma vez, a falta de informação que aquele personagem tem.
O nome do filme é devido ao modelo da câmera usada nas filmagens do projeto dos garotos, mas pode ser entendido também como se as lentes dessa câmera fossem os olhos do garoto, que após a morte da mãe encontra um mundo totalmente novo e bagunçado.
Para finalizar, a fotografia do filme funciona perfeitamente, assim como um verdadeiro filme de ficção científica deve ser e ao mesmo tempo ambienta ainda mais o filme na epoca em que se passa.
O Vencedor
4.0 1,3K Assista AgoraAo longo dos anos já presenciamos diversos filmes baseados em histórias reais que são um verdadeiro lixo. Isso porque alguns diretores e roteiristas pensam que um filme nesse estilo só deve ser contado do início ao fim sem nenhuma "adaptação".
Não é o caso de O Vencedor, onde, mesmo com um roteiro já pré-programado, consegue fazer reviravoltas brilhantes.
O diretor David O. Russell brilha aqui, as escolhas de camêras caracteristicas das transmissões de boxe dos anos 90 deram uma ambientação incrível e ainda mais realista ao filme.
O ponto mais brilhante do diretor, que vale ser lembrado aqui é o ponto de vista adotado no filme. No início os personagens e a situação te fazem pensar de uma maneira, mas na metade do filme você nota que aquilo era o ponto de vista de apenas um personagem, o que não retratava o que realmente estava acontecendo.
Mas nada no filme foi mais brilhante que a atuação de Christian Bale, que já se mostrou um ator versátil em outros trabalhos e mesmo assim surpreende aqui. Em O Vencedor Bale vive um ex-lutador drogado e para viver esse papel o ator teve que fazer uma dieta rigorosa, que é facilmente notada na aparência do ator, que chega a ser monstruosa em alguns momentos, retratando bem a realidade de um dependente químico.
Resumindo, O Vencedor é um filme brilhante que merece ser assistido até mesmo por aqueles que não gostam de boxe, afinal aqui a mensagem não é o esporte e sim a lição de vida.
Os Mercenários
3.2 1,9K Assista AgoraNão assista ao filme achando que vai encontrar um tipo de ação inovadora, muito pelo contrário, aqui podemos ver muita coisa que foi usado principalmente nos anos 80, a década clássica dos filmes de ação.
Esse não é um ponto ruim do filme, afinal está ficando cada vez mais escasso filmes e atores desse gênero "brucutu" na atualidade.
Podemos citar apenas Jason Statham como seguidor desse legado atualmente (talvez esteja esquecendo mais alguem, mas é o único que me vem a mente agora), e é aí que o filme brilha.
Quem não curte muito do gênero pode achar o filme "mais do mesmo", mas quem é fã mesmo de uma ação frenética com certeza vai curtir o filme, afinal a proposta é genial: trazer os clássicos representantes da ação dos anos 80 e 90 (Stalone, Dolph Lundgren, Jet Li e outros) unindo com a "nova geração" (Jason Statham e os esportistas Randy Couture, Steve Austin e outros).
Com um time desses é difícil fazer algo ruim, ainda mais quando você da a cada um o espaço que merece e deixa ele fazer o que faz de melhor (como deixar Jet Li dar suas voadoras e acrobacias lendárias), mas fato é que poderia ter sido algo mais inovador.
Apesar dos defeitos Os Mercenários é um filme obrigatório a todos os amantes dos filmes de ação e ao mesmo tempo resgata e homenageia a década gloriosa do genero.
Missão: Impossível
3.5 516 Assista AgoraO filme pode ser dividido em 2 partes.
A primeira funciona muito bem, é excelente, contém várias cenas muito bem pensadas (uma delas virou um símbolo dos filmes de espionagem) e o roteiro é complexo mas muito bem dosado.
Isso até a metade do filme, que é quando começa a "segunda parte". Daí em diante o filme se perde um pouco na sua complexidade e tenta se resolver muito rápido (isso poderia ter sido concertado com mais alguns minutos de filme), mas mesmo assim continua com cenas de ação muito bonitas e de tirar o fôlego, que podem ser meio exageradas para alguns.
Apesar de conter esses defeitos o filme funciona bem e é muito divertido, mas aqui vai uma dica, não veja o filme comparando com os filmes de espionagem dos dias de hoje, tente se localizar nos anos 90 para ter uma experiência completa.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraDrive é uma homenagem aos filmes de herói presentes principalmente nos anos 80 e 90 e engloba diversas características presentes nesse estilo, mas dando um toque irônico em cada uma delas.
Por exemplo, aqui o herói é um dublê de filmes que em seu trabalho encontra uma "falsa ação" e não se contenta com isso, então procura uma vida de ação verdadeira, de adrenalina, em um mundo ilegal.
A trajetória do protagonista é bem marcada ao longo do filme através de sua jaqueta. Enquanto ele, no início do filme, é quieto e observador, sua jaqueta permanece limpa e intocada. Ao longo do filme, com os acontecimentos que mudam o pensamento do personagem, a jaqueta vai ficando suja, assim como a situação do protagonista.
Por falar na jaqueta, ela tras o desenho de um escorpiao nas costas, isso mostra a personalidade do protagonista, que tenta não se envolver com seus trabalhos mas que assim como na historia do Escorpião e do Sapo (citada no filme), segue seus instintos e faz o inevitável.
Outro diferencial do filme também são as cenas e o enquadramento do filme, que foram comparadas por muitos às cenas de Tarantino, apenas por utilizar algumas vezes cenas mais violentas do que o "normal" utilizado na indústria. Essa comparação é inválida pois o Tarantino utiliza de muito diálogo, enquanto aqui o diálogo é raro, e podemos dizer também que não é necessário, pois apenas nos olhares dos personagens é possível notar seu pensamento.
Outro ponto a ser aclamado no filme é a trilha sonora, fantástica e que só complementa o trabalho do diretor e dos atores. Não é atoa que o filme foi aplaudido durante 15 minutos no festival de Cannes, e é uma pena que ele não tenha recebido mais indicações ao Oscar.
E não assista ao filme pensando ser uma formula barata de ação com o objetivo apenas de ganhar dinheiro, como Velozes e Furiosos.
Um trabalho incrível do diretor, dos atores e também da equipe de som, que brilha nesse filme. Drive é muito mais que um filme, é uma obra de arte.
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraGenial esse filme. Muita ação, muito sangue, alguns momentos engraçados e uma atuação impecável de Brad Pitt e principalmente de Christoph Waltz.
Assim como em outros filmes do diretor, esse também traz diversas referências a alguns estilos cinematográficos e filmes antigos, como nas cenas de tiroteio que claramente foram inspiradas nos filmes de western.
A violência gore característica dos filmes do Tarantino certamente está presente aqui e não decepciona. E assim como os outros filmes do diretor, esse merece ser visto e aplaudido.