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"There may be more beautiful times, but this one is ours."
— Jean-Paul Sartre

Últimas opiniões enviadas

  • Aion

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Shiv sempre foi a personagem narcisista clássica. No fim, cada uma de suas atitudes envolvia manipular pessoas e ações para conseguir a tão elusiva aprovação masculina da figura de poder ou, em caso oposto, também característica da personalidade, provocar repulsa, desprezo.
    Partindo sempre da necessidade cruel da benção e reconhecimento do pai, seu exemplo masculino de poder e força, de rejeição e depreciação pelo fraco, ela escolhe um marido fraco, subserviente e de fora do círculo empresarial/político influente e poderoso de uma megalópole. O mesmo marido que seria constante foco de piada e desprezo do pai e irmãos, mas que mesmo assim continuaria lambendo as botas dos Roy, cada vez mais perto do trono.
    Oras, Tom era o peão ideal para Shiv reafirmar seu poder e necessidade de controle, não é um troféu, mas um saco de pancadas.
    Sua inclinação ideológica e aventura no mundo político em nada indicam uma empatia ou humanização por políticas progressistas, mas apenas mais uma tentativa de atacar e provocar o pai de quem ela tanto buscou atenção.
    Nenhuma dessas pessoas se importa realmente com ideologias que não envolvam seus próprios interesses. No minuto que Shov viu uma oportunidade, Mencken passou a ser uma opção viável.
    Succession sempre foi uma tragédia. Não há vencedores. Depende a ver da interpretação do final de cada um dos personagens. Todos são debilitados emocionalmente, incapazes de tomar uma atitude que não envolva o interesse próprio. Roman é a figura mais fácil, um rato covarde para sempre quebrado pela enorme e gigante figura paterna. Nunca teria coragem de votar contra o irmão, nunca teria fibra e culhão para ser o CEO, embora chegasse a dor o quanto ele queria viver a vida que o pai lhe impunha. Mas ele nunca quis nada disso, verdade seja dita. Só não queria que Kendall conseguisse. Enfim se libertou, independente do que isso signifique.
    Kendall seria uma versão pior de Logan, queria muito, até demais. E a verdade absoluta no seu caso é a de que todos os irmãos orbitavam a estrela solar que era o pai, sem ele... todos sucumbiram.
    Por fim, Shiv. A mais difícil de interpretar, principalmente se optarem por um viés de "vencer ou perder". Ela entendeu que nunca seria CEO. Uma mulher, grávida, frequentemente subestimada por todos a sua volta, traída e usada para atingir os objetivos dos homens aos quais ela de tudo fazia para ter sua persona validada. Nunca conseguiu. Sabia que seria imediatamente chutada para escanteio com Kendall como CEO, e a possibilidade de assistir ascender uma nova figura monstruosa tal qual seu pai, com quem ela teria pouco ou nenhum poder, a fez tomar a escolha mais óbvia, ainda que dolorosa.
    Votou por Tom, o submisso. O castrado. O corno manso, por assim dizer. Chuparia o pau do homem que comeu sua mulher se isso significasse poder chegar ao poder.
    A questão da interpretação vem bem a calhar agora. Não acredito que isso seja uma vitória para Shiv. Ela nunca vai chegar a CEO, pelo menos não enquanto Matsson for dono da empresa que ela e os irmãos venderam, o marido, embora sente no trono, tem pouquíssimo poder, é apenas um testa de ferro do sueco, que desejava alguém não muito "opinativo", como era Shiv. Alguém para ele próprio controlar.
    Talvez a perspectiva da vitória seja ela se agarrar no fato de que, se não ela, também não foi Kendall, e viver na sombra de um marido CEO é menos pior do que viver à margem de Ken.
    Acabou como sua mãe, a figura narcisista que ela sempre abominou.

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  • Aion

    O que mata filmes de terror, em geral, é o hype. A expectativa é a mãe da frustração. Fui assistir sem saber nada prévio do filme, e me surpreendi com o corte radical dos dois atos. São bem diferentes, ambientações diferentes, imagino que a intenção da direção é essa, talvez pra acentuar algum tipo de choque. Pra mim bateu mais ou menos, não sei se encaixou bem a vibe "terrir" com o suspense psicológico criado na primeira parte.
    Sobre o mote da trama, pontas soltas e faltou uma maior clareza do que era aquilo que a gente tava vendo, enfim. Vale pela intenção, é um bom filme e honesto.

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  • Aion

    às vezes a passividade latente de personagens em filmes de terror me incomoda. mas aqui é a força motriz do filme. parece ser o ponto principal, o foco da crítica pra além da violência absurda e sem sentido. em momento algum temos um vislumbre de quem são os antagonistas, seus motivos ou contexto de ação.
    pelo contrário, presenciamos com agonia a forma polida e excessivamente submissa, talvez até mesmo um traço cultural moderno, a pretensa educação e permissividade como forma de evitar o confronto, não incomodar, não ser "antagônico", prezando sempre por manter as aparências do 'bem-estar social'.
    adultos infantilizados incapazes de estabelecer limites, de dizer um "não".
    ao fim beira assistimos de queixo caído como ninguém ali levanta uma mão ou se defende, evitando sempre o confronto. beira o ridículo, mas é o centro do filme. é o que é.

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