Alessandra Tavares

Acho que é impossível ver esse filme sem se envolver profundamente na cólera de André. E Selton Melo interpreta impecavelmente toda essa poesia. Merece demais ser assistido.

Filme monótono, sem trilha sonora, com fotografia e roteiro sem nenhuma novidade.
Uma história belíssima da sobrevivência de um ser humano no mais absurdo caos social foi retratada completamente sem sal, fazendo o espectador aguardar ansiosamente o final.
Ok que a história verdadeira é cheia de sofrimento, mas cadê o algo novo, cadê a parte interessante, aquilo que diferencia esse filme dos outros milhares sobre as barbaridades da escravidão?
Nós já sabemos que os Senhores tratavam os escravos como propriedade, que seres humanos eram tratados como mercadoria, mas não tivemos envolvimento nenhum com a família Solomon, não sofremos pela perda repentina da liberdade, ele mal falava, mal se expressava, cenas paradas, sem texto, música, sem contexto.

Só assistimos o lugar comum da escravidão americana. Não consegui enxergar brilhantismo nenhum, talvez no papel da Patsey que foi bem interessante, de fato.
Aquelas cenas de lugares belíssimos sem música, sem sentido, só me fizeram ter certeza que era um filme bem lugar comum e chato (me pareciam o comercial do filme, pra dar um tempo no sofrimento do espectador).
Respeito as opiniões favoráveis, mas o filme, pra mim, foi bem fraco e não merecia prêmio nenhum.

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