Últimas opiniões enviadas
-
Acho engraçado ler tantas opiniões dizendo que o diretor deixou o final "aberto demais" sendo que, desde os primeiros minutos do filme, nós espectadores sabemos pelo próprio narrador (que apesar de ser narrador personagem é também omnisciente) que a história que estamos prestes a ouvir é baseada em boatos e opiniões pessoais. A própria história do filme duvida de si mesma.
"Eu não sei se essa história que quero contar é inteiramente verdadeira. Parte dela eu só conheci através de boatos. Depois de tantos anos, muito da história é ainda obscuro, e muitas perguntas continuam sem resposta [...]"
É como pensar no livro Dom Casmurro e em como o Bentinho, sofrendo as dores de possivelmente haver sido chifrado, conta sua história de amor segundo seu próprio ponto de vista, que pode estar distorcido. (É realmente verdadeira a história? Foi ou não traido?)
Ao escolher um narrador omnisciente e que, além disso, diz explicitamente que ele não está certo de quão verídico sejam os fatos, Haneke está renunciando seu poder de narrador. Haneke escolheu narrar através dos enquadramentos, dos efeitos sonoros, da duração dos planos e não através do relato falado.
Últimos recados
-
L
pequena lebre, huhu
-
Taís Massaro
oi, tenho saudades. :*
Uma bela de uma péssima publicidade para o livro da Delphine de Vigan. Polanski poderia ter explorado tanto a metalinguagem, transformando o que era literário no livro da escritora em cinematográfico para o seu filme. Perdeu a chance!