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Deixo aqui a resenha que fiz quando terminei de ler o livro, e utilizo as mesmas palavras para falar sobre a adaptação:
Um lugar bem longe daqui conta a história de Kya que aos seus seis ou sete anos foi abandonada por tudo e por todos, pelos pais, pelos irmãos, pela sociedade, pela vida. E sozinha, com uma vontade única de viver, aprende a sobreviver em meio ao nada em uma cidade costeira da Carolina do Norte. Mas mais do que sobreviver, Kya aprender a viver, a sentir, a se relacionar com o mundo e a natureza ao seu redor.
A história é apresentada sempre em duas frentes, descobrimos o passado e a infância de Kya e de como ela conseguiu sobreviver todos os anos, sendo excluída e taxada de A Menina do Brejo, e temos o momento atual onde Kya já adulta acaba sendo acusada de assassinato e está em julgamento por isso. As história vão correndo em paralelo sempre nos apresentando a versão de Kya para os fatos, e vez ou outra alguns pontos das investigação policial.
Você se envolve tanto com a história, são emoções fortes, e o envolvimento de Kya e a Natureza é uma relação tão sublime que se você fechar os olhos consegue enxergar, ao mesmo tempo que temos uma narrativa calma e passageira, temos também todo o desenrolar sem qualquer enrolação ou perda de tempo.
A história muitas vezes poética traz tantos ensinamentos e reflexões: sobre a vida, sobre amizade, amor, o tempo, as escolhas que fazemos e suas consequências, sobre observar e aprender com o que a Natureza nos oferece, sobre auto-conhecimento, como fazer parte de um todo, e como esse todo também faz parte de você, principalmente também sobre empatia.
"Para Kya, bastava fazer parte dessa sequência natural tão certa quanto as marés. Ela estava ligada ao planeta e à vida nele de um modo que poucas pessoas estão. Solidamente enraizada nessa terra. Nascida dessa mãe."
"Levantou-se e saiu noite lá fora, para a luz leitosa da uma lua quase cheia. O ar suave do brejo parecia seda a redor dos seus ombros. O luar escolhia um caminho inesperado por entre os pinheiros, formando sombras como se fosse rimas."
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Filme espetacular, traz vários questionamentos.
Será que o modo que vivemos e fazemos nossas escolhas é o correto? Perseguimos um ideal de vida que cada um escolheu ou um que foi imposto a todos? As impressões que temos de nossa sociedade têm que ser igual a todos, ou cada um pode ter a sua e fazer o que acha correto?
A liberdade está em viver, em ter a capacidade de sobreviver por conta própria sem precisar da sociedade para ditar as regras. Faça o que tem que fazer. Viva como acha que deve viver. Não precisamos do capitalismo existente para sermos felizes. Esse filme me ensinou que não é preciso luxo e coisas supérfluas para sermos felizes, mas em paralelo a isso, não é possível viver feliz sem compartilhar o que sabemos e o que vivemos com pessoas ao nosso redor.
"A felicidade só é real quando compartilhada"
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- Nenhum recado para Annalisa H..
Para quem leu os livros, essa segunda temporada é uma ofensa.