Roberto

lixo, passe longe!

Esse filme mostra um homem esvaziado da sua “substancia” devido ao desejo de novamente ter sucesso, fama e o reconhecimento que seu primeiro roteiro alcançou, ganhando inclusive um Oscar. Com esse esvaziamento ele se tornou escravo da solidão e egoísmo. Ele gosta de cutucar os outros sendo irônico, para tentar de alguma forma se mostra superior, servindo também para encobrir seu vazio interior e sua insatisfação com a vida. Não sabendo lidar com o fracasso, ele afasta as pessoas que ele ama, como seu único filho, e tem relacionamentos superficiais. Mas seu fracasso foi sua salvação, pois ele conseguiu um emprego como professor e foi forçado a conviver com alunos, que no primeiro momento ele escolheu pela aparência, vendo-os como objetos. Ele não esperava nada desse emprego, e nem dos seus alunos, era só um meio de ganhar alguma grana, porém foi surpreendido pelo prazer de ensinar e ver em seus alunos aquilo que ele foi um dia, uma pessoa apaixonada por escrever, entusiasmada, criativa, numa época em que as palavras fluíam forma leve e natural, sem a opressão do desejo de reconhecimento, fama e fortuna. Esse reencontro com seu eu, foi mudando sua vida, ele percebeu que era importante para outras pessoas e podia fazer a diferença. Sua alma ganhou brilho, seu coração vida e ele percebeu que podia amar e ser amado novamente.

Ótimo filme! Esse foi o primeiro filme indiano que assisti, me surpreendeu pela qualidade, um história emocionante, as músicas são lindas... o filme é longo, mas tão envolvente que não percebemos o tempo passar. Certamente irei conhecer mais o cinema indiano!