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Últimas opiniões enviadas

  • Bruno

    Já dá pra começar a falar em um cinema brasileiro ecoando as grandes ruínas do progressismo reformista, criado na margem de um sistema político esgotado. Tivemos alguns exemplares importantes nos últimos anos (com todo o destaque para O Som ao Redor), mas é Depois da Chuva que começa a abordar de frente este grande mal-estar.

    A Reabertura Democrática é quase sempre retratada como um período efervescente, de reformulação da esquerda, de lutas populares. São poucas as obras que contradizem o mito que foi criado entre as Diretas Já! e o Collor. Depois da Chuva é a visão mais deprimente desse período, um Terra em Transe reformulado. Atores políticos isolados e levados ao niilismo, conjuntura fragmentada, repetição eterna dos mesmos clichês (caminhando, cantando e morrendo de tédio). O filme todo se constrói sobre uma ruína de relacionamentos fracassados e de uma cidade destruída (a Salvador que aparece não é a Salvador da "vida real", arte não é ufanismo regional). A opção de fazer um filme de formação (que inclui até as primeiras experiências amorosas do personagem central) é bem estranha nesse cenário -- essa estranheza, porém, quase nos diz que não devemos ver isso de uma maneira séria, mas com um pouco de cinismo. A escola é uma transposição da ampla conjuntura nacional da época para um microcosmos mais simples de trabalhar, que permite uma redução de personagens e de pompa no tratamento do material. O uso desse microcosmos permite também uma exploração além do argumento do que viria a ser a vida política brasileira após o período retratado. Alianças, "governabilidade", está tudo lá.

    O final é, de longe, um dos mais assombrosos do cinema recente. Incerto, negativo, um aprofundamento do tema ruinoso que permeia todo o filme.

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  • Bruno

    O Cronenberg sempre foi hiperbólico. É um mecanismo narrativo muito caro a ele por violar com gosto o sentido de realidade que o cinema tenta recriar. Tendo isso em vista, não se deve levar o enredo de Maps to the Stars com uma visão naturalista da coisa. É exagerado e irreal por essência. Nada de muito novo nesse quesito.

    A questão de forma, com marcação na edição, é interessante. O Sanders estava um pouco perdido no Cosmopolis, mas retoma bem aqui a linha ousada que ele tinha até o Crash, de 1996. Talvez fosse só questão de ter mais espaço e liberdade. As quebras e perdas de ritmo que acontecem durante o filme se encaixam de maneira bem orgânica com o roteiro.

    Gosto bastante da linha que o Cronenberg anda seguindo, fugindo e se aproximando do passado dele próprio. Pode vir coisa boa por aí.

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  • Bruno

    Talvez seja o melhor filme do Nolan (apesar d'eu não ter visto Interstellar ainda). A parte técnica, apesar de ser bem formal e sem surpresas (mas isso é ok, considerando que o filme é um blockbuster), é bem boa. O que eu gostei mesmo foi que ele finalmente conseguiu quebrar com o ranço dele por uma profundidade real na direção e no roteiro.

    É um filme que não exige gráficos explicatórios (como é comum dele -- uma falsa complexidade para esconder falhas de roteiro), mas que gera uma subjetividade muito forte para um argumento bem banal. Toda discussão sobre como emerge uma sociedade fascista e autoritária, sobre como o privado age acima do público nas esferas políticas, isso é muito além do que se espera de um filme padrão de Hollywood. Claro que essas discussões, no filme, não são exatamente teses de sociologia, mas o Nolan consegue abordá-las sem didatismo, dando espaço para o espectador. O Batman, em si, é um personagem legalista, com disputas morais bem óbvias, é incrível conseguir criar algo decente em cima disso.

    A estrutura do filme tem alguns problemas típicos de blockbuster (como um plot twist bem desnecessário e que não faz parte organicamente do resto da forma), mas é uma narrativa boa, fluída, coisa que ele aprendeu a fazer com os filmes anteriores da trilogia. Se ele se manter nessa pegada e parar de querer reinventar a roda da narração, pode até se tornar um diretor bom.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • renan
    renan

    e aí!

  • Diogenes Jorge Aureliano
    Diogenes Jorge Aureliano

    Olá Bruno, obrigado por ter me adicionado!
    Cheguei aqui por meio de "A Batalha de Argel"...curte História?

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