Natália Tavares

realmente gostei desse filme e quero ver de novo. recorte preciso de um período, estilo e geração. os diálogos não são forçados, não há nenhum apelo moralista, apenas jovens se descobrindo perante as merdas da vida. achei bem cru, mas também bem sensível. cada personagem carrega seus anseios e questões, é perceptível o quanto a vida é complexa, ainda que nem tudo seja revelado. não precisa, apenas. muita coisa sedimentada na vida dessas pessoas. que nem na nossa, né? vi sozinha no cinema e dei altas gargalhadas. bom demais, estreia certeira.

eu realmente fui capturada por esse filme. como se não bastasse o cenário do enredo que por si só é de uma complexidade tamanha - falo aqui do sonhada expectativa referente a criação do estado de Israel e todo os conflitos políticos em torno disto -, amos oz escolhe contar a história pela perspectiva de sua sonhadora mãe, estupenda na pele de Natalie Portman. recomendo esse filme para aqueles dias em que se está disposto a assistir algo sensível e reflexivo. de amor e trevas fala nas entrelinhas, nos olhares e principalmente nas conversas entre mãe e filho. a trilha sonora é incrível, casa totalmente com o ambiente e clima da história, não consigo parar de ouvir.

Uow, apenas. A narrativa do Jim Carrey coberta de questionamentos filosóficos somado a imersão total nos bastidores de uma filmagem cinematográfica tornam esta experiência única. Nunca assisti nada parecido, simplesmente delicioso acompanhar o processo criativo de construção do personagem (será?), e estou cada vez mais fissurada pela "anormalidade" do Jim. Vale MUITO a pena assistir!