Gabriel Brands

Estamos em uma fase onde parece haver um condicionamento em pessoas que buscam filmes de terror para sentirem que " estão vendo um filme de terror": Um maluco de máscara, serra elétrica ou facão, sustos a cada cena e demônios surgindo como flashes em enquadramentos improváveis. Para estes, The Witch 2016 será nada mais do que um desperdício de dinheiro, que poderia ter sido melhor utilizado. O filme não se compromete a satisfazer estas expectativas! Ha tempos eu não vejo algo tão conceitual e artístico no gênero terror. Os fãs de It Follows 2014 e The Babadook 2014 vão gostar do ritmo, e a película sutil é muito parecida com The Village 2004. O climax é muito bem construído e a trilha sonora é excêntricamente soturna... A fotografia, que parecia uma pintura, me lembrou We Are What We Are 2013, entretanto o roteiro peca em ficar na limiar de um dramalhão no estilo The Crucible 1996, (que eu gosto, porém tem uma proposta dramática um tanto excessiva); A trama é crua e real, o elenco ta afiado e as atuações são honestas. Os efeitos especiais são meia boca e os figurinos estão fantásticos! Masssssss o horror de verdade fica pro final em um "mix de Rosemary's Baby 1968 com a correria pagã de The Last Exorcism 2010." Concluindo: - um longa metragem bacana que faz você sair do clichê proporcionando uma atmosfera lenta sem sustos contínuos... E com cenas interessantes no estilo Amor Estranho Amor 1982 - Uma dica, aceite a experiência. *Obs.: Não supera The Exorcist 1973.

O filme não é um filme espetacular, o plot e fraco a dinâmica e ritmo do roteiro hora é ágil e apressada, hora é torpe e vagarosa; porém, o roteiro e sua narração é sublime. Um filme ruim que você fica triste pensando, como ele seria foda se tivesse sido bem executado.

Meu cão se chama amarelo por causa desse filme.