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26 years, paulínia,são paulo (BRA)
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Tudo escurece, silhueta de cabeças por todo lado, cochichos sobre alguma coisa pairam no ar, rangidos de corpos se acomodando na poltrona fazem harmonia com a pipoca sendo mastigada na boca.Então no ultimo pestanejar dos cílios, uma luz gigante cobrindo do chão até o teto surge naquele breu, a luz no fim do túnel, onde nos preparamos para a MORTE!

Últimas opiniões enviadas

  • Gustavo

    O diretor Arthur Penn que nesse filme pode se dizer, faz seu estudo para logo depois, usar o que aprendeu em sua primeira empreitada, na obra-prima, Bonnie & Clyde, consegue trazer toda atmosfera do filme a favor do personagem magistralmente interpretado por Paul Newman, que carrega o filme nas costas, criando um personagem altamente complexo, com uma vivacidade e perturbação que reflete um jovem nascido e criado num mundo, onde a violência e a arma, fazem a lei, por vezes é quase infantil, como uma criança, bonacheirão e brincalhão e outras vezes, soturno, ensimesmado e com um olhar frio e perdido, no qual Newman, expressa para câmera, todo seu talento. Fazendo, bom uso do silêncio para construir os diversos clímax de suas cenas, abusando das paisagens do oeste no começo e criando sombras, no fim, tendo a trilha sonora como compasso, para o derradeiro fim do protagonista, vagamente me lembra os westerns do mestre John Ford, talvez pela sua impressionante condução no que concerne ao roteiro e as escolhas estéticas na sua forma, mostrando um personagem complexo, mais por aquilo que não foi mostrado do que aquilo que nos foi exibido, um ícone de sua época, um mito, a mercê da historia e vítima de si mesmo!

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  • Gustavo

    Difícil buscar alguma interpretação, que caia no irrevogável problema de não conseguir, expressar tudo o que cada episódio tem de intrínseco em seus planos e também aquilo que esta recôndito e latente em seus pormenores. Apenas pegando como perspectiva os dez mandamentos, de longe a obra quer reafirmar ou questionar tais mandamentos, sua intenção (?), é estritamente emaranhar no cotidiano de seus personagens que poderiam ser nossos vizinhos e com sua câmera, muitas vezes cúmplices e outras vezes cortina, pois o diretor tem uma característica congênita de tirar a subjetividade do espectador e não apenas, entregá-lo e agraciar com uma trama com estrutura e clímax, cada cena e pormenor intrínseco de sua diegese é reluzida de humanidade e sensibilidade, as relações humanas se comportam em sua banalidade e no enleio do roteiro, por sinal perfeitamente escrito e conduzido, surti efeitos na imagem e em seu interlocutor.
    As escolhas que somos obrigados a fazer, independente dos empecilhos, traz a ação, a essência da série, a existência em sua forma mais pura e escamoteada para o cinema, se não suplanta a vida, pelo menos lhe da um fel de afasia.

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  • Gustavo

    Aos já familiarizados com o Cinema Novo e Glauber Rocha, conhece a assimilação entre o segundo filme do diretor baiano Deus e o Diabo na Terra do Sol e do angolano Ruy Guerra diretor de Os Fuzis, os dois passados no Brasil, usando e abusando do cenário árido do nordeste e bases daquele movimento e sua estética da fome, totalmente de esquerda com um compromisso político forte e incisivo. No quarto filme se a seca que mata a vaca-santa de Os Fuzis é morta pelos flagelados do nordeste por modo do ronco da barriga vazia, uma crítica acida a religião e na segunda excursão de Glauber pelo cinema em que o mesmos fazem seus protagonistas correrem a deriva ( ou para o mar), ao som de Villa-Lobos, consegue em seu quarto filme quase totalmente se dispersar do cinema no qual propôs no começo da década 60 e da ares a um abstracionismo que já tomava conta do cinema em bem antes de 69, criando um mundo Barroco e fragmentado, mesmo que seu cume como realizador e no que concerne a fragmentação do tempo seja Terra em Transe, o interessante notar em Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro é o foco mais individualista e uma analise ao interior do personagem principal o protagonistas Antonio das Mortes com seu manto sombrio e sua espingarda sóbria, consegue transmitir a mudança de posição do cinema de Glauber e talvez do próprio estado de espírito do diretor autoral ,que faz um cinema orgânico e em Dragão da Maldade... totalmente imagético, sendo seu primeiro filme a cores, alegorias, um sotaque teatral que os atores incorporam a seus gestos, fazem do sertão palco de uma opereta sobre os indigentes aos olhos de um progresso que clama por Getulio Vargas e assovios de bossa nova e por esse olho arcaico e estreito, o progresso se torna cego e seguindo de forma incorruptível um futuro que deixa marcas, alimentam os sulcos da barriga em fome gritante e destroça o que sobrou de uma cultura que se mantem pracejando com suspiros de cordel.
    Muitas vezes seus enquadramentos e planos sequências, quase indissociáveis do cinema glauberiano, remetem a o neorrealismo de Vittorio De Sica, embora isso poderia ser encontrado em Deus e o Diabo na Terra do Sol e Barravento, ainda sim no filme de 1969 fica mais tangível, o quanto Glauber, embora quase totalmente deixando de lado a estética da fome, não deixou de ser politico e marxista, mesmo que esses o tenham, junto com a opinião publica o massacrado na época de Terra em Transe, pois uma ação não pode estar dissociada de outra ação, arte e politica, não é uno para Glauber e sim uma constante conciliação que almeja o transcendental, a catarse!

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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