Henrique Júnio

MADNESS
WITNESS

A Era de Ultron. Dessa vez não temos a mesma vibe presente no primeiro filme. Os Vingadores (2012) é mais leve, muito espirituoso, e conta com uma narrativa bem conduzida. Este, além de mais longo, possui uma narrativa densa, sombria, com algumas quedas de ritmo e falta de carisma. Este que é uma atribuição extremamente importante para o grande vilão, e do Ultron você simplesmente espera que ele...: "senta lá, Cláudia".

Ao contrário do nosso querido Loki, que é uma mistura de diva + rejeitado + "quero que você morra mas quero que você viva": um vilão pelo qual torcemos e amamos. ;)
Apesar de perigoso, este é o único problema que encontrei em A Era de Ultron. Visual e esteticamente impecável, ele cumpre o que promete: cenas de ação incríveis, com direito a várias formações de ataque inusitadas e diversas porradas para todos os gostos. aqui também há o querido desenvolvimento de personagem que a gente ama, e os escolhidos foram o Clint (Hawkeye), a Natasha (Black Widow) e, involuntariamente, o Bruce (Hulk) -não posso explicar o por quê.

Então basicamente encontraremos neste filme: uma relação interpessoal agravada e bem desenvolvida entre os Avengers. Aquele alívio cômico com o qual você está acostumado (se, por acaso, já conheceu o Tony Stark. mas só por acaso, vai que......) um vilão sem graça. A melhor aparição do Stan Lee. Cenas emotivas bem contextualizadas, além de toda a ação da qual falamos anteriormente (...)

Talvez por ter sido o primeiro encontro desses queridos superheróis, no qual lutaram contra um vilão hipercarismático e tudo isso ambientado em uma uma narrativa bem espirituosa, o de 2012 ainda é o meu favorito. Mas isso não quer dizer, de forma alguma, que não me animei e considero o A Era de Ultron foda.

PS: por que não escalaram o Evan Peters? why, God, why?

Melhor Velozes e Furiosos. de longe.

O engraçado é que eu não sou o maior fã do gênero, e ainda assim, assisti a todos os filmes. Se você deixar de lado a lógica, a física, a vida real, esse filme é do cara***! e foi o que eu fiz, como sempre... Dessa vez temos uma pegada nova, mais emocional, diretamente relacionada ao desenvolvimento dos personagens; e como a maioria de vocês sabe, o Paul Walker (Brian O'Conner) morreu durante o período de gravação, e isso atribui ao filme uma certa aflição, tanto nas cenas em que ele aparece, quanto nas em que indagamos qual saída os roteiristas encontraram para o personagem. Então é basicamente isso: cenas de ação do cara*** com direito a taquicardia(s), uma pegada emocional de vez em quando, e um certo distanciamento dos outros filmes da franquia (aqui não vemos tantas bundas e rachas e bebidas e......)

A homenagem ao Paul Walker no final está linda de morrer. Muito mesmo. Se você é fã do gênero e consegue se desprender da vida real, não deixe de assistir no cinema...