Humberto

[/spoiler] Assim, a roqueira e suas músicas alternativas/não comerciais que não atraem público; a acessora de imprensa da primeira ministra em relação ao seu pai; a blogueira e seu estilo introspectivo simbolizada pela difícil dicção; os dilemas da ex-modelo infanto-juvenil e sua atual carreira executiva; o sigilo sobre a sexualidade do namorado de Ofer; e a melancolia de Anat ante a crise conjugal.

E a participação no concurso musical - apesar de dúvidas suscitadas quanto à qualidade deste evento - desencadeia uma libertação desses carismáticos personagens em suas vidas diante de seus respectivos problemas. A partir da música, criada por improviso para animar Anat, as amizades se fortalecem, diferenças são amenizadas (inclusive quanto à fé, de modo que Efrat supera a sua descrença religiosa e assente com a oração momentos antes da apresentação) e os problemas de cada um tornam-se sanados.

Um detalhe: tomando por base este filme (o que evidentemente não pode ser tomado como conclusivos quanto a análise de aspectos culturais) nota-se como o Brasil é reacionário em relação a certas questões, como a sexualidade. Enquanto o beijo gay é tratado como tabu (nas novelas, por exemplo), nessa produção cinematográfica israelense isso acontece de forma natural e nem chega a ser um dilema na história...

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