Jamille Cavalcante

A sequência final é deliciosamente diabólica.

A temática sobre a condição do artista é recorrente nas obras de Bergman, mas confesso que este filme em especial me surpreendeu ao levar ao máximo a tensão existente entre o artista e a sociedade hostil em que está imerso. No filme, ficou muito clara a figura do artista como alguém inadaptado ao mundo e de como a liberdade ousada, atrevida com que se relaciona e se movimenta é fator de dissonância constante com as diversas esferas da vida social.

"Vocês podem ser livres, mas não os invejo. É uma liberdade horrível, não é? Eu não os entendo. Não entendo o que move vocês ou o seu relacionamento."

Uma experiência estética fabulosa. Lindo e estarrecedor!