Juscelino Júnior

Me empolguei para assistir essa série, por estar entrando em um universo novo, já que eu nunca li os livros e nem joguei os jogos.

Minha nota, talvez, seja até bondosa, é possível que eu esteja mais leve pelo interesse que tive na história apresentada do que na qualidade da série.

O CGI é muito problemático, tem enquadramentos ruins, edição e figurino no máximo aceitáveis... e quando se falha muito nesses quesitos técnicos para esse tipo de obra, não sobra tanta coisa.

Para uma primeira temporada, que claramente é introdutória e com toda cara de ser um grande teste, consegue se segurar por apresentar um universo e uma história nova, além de eu ter gostado bastante de alguns personagens (adorei o Geralt de Henry Cavil apesar da peruca problemática), mas precisa melhorar se quer ter vida longa.

Acabei de tirar meia estrela da avaliação, pq acabei de pensar mais sobre o filme e ele acabou de ficar PIOR na minha mente. É melhor eu parar de pensar sobre essas coisas.

A Ascensão Skywalker é, em resumo, um filme preguiçoso e sem coragem, e que emociona e satisfaz (unicamente) por ser o encerramento de uma história linda.

Em mais detalhes, é um filme, como sempre, tecnicamente bem feito, com um esforço notável dos atores e uma clara preguiça do diretor. Tentou desconstruir tudo que foi feito em Os Últimos Jedi (esse sim, um filme CORAJOSO, sensível e bem trabalhado). Mas tentou "corrigir" de maneira preguiçosa, com uma trama desenvolvida de maneira péssima e super apressada, dando justificativas sem sentido e tentando jogar na segurança, e assim J J Abrams construiu um filme ok (ele não é ruim) e que se satisfaz com pouco.

Além de destruir o que foi desenvolvido nos filmes anteriores (sim, JJ Abrams conseguiu prejudicar o que ele mesmo desenvolveu em O Despertar da Força), o que mais me frustrou no filme foi, de longe, a introdução de Palpatine. O principal vilão de Star Wars foi reduzido a uma apresentação apressada e com contextos incoerentes/preguiçosos, além de uma falta de presença que chega a ser incômoda. Ele parece apenas um figurante, previsível e com frases de efeito chochas.

E não sobrou só pra Palpatine, mas outros personagens clássicos também fizeram questão de apenas aparecer, sem peso. Alias, "sem peso" talvez seja a frase que melhor defina esse filme. Além de personagens que foram desenvolvidos pelo próprio JJ Abrams terem sido ignorados.

E, no fim, JJ Abrams cedeu à pressão de fãs preconceituosos e barulhentos, jogou na segurança, ignorando personagens que representavam a diversidade e sendo completamente protocolar. ZERO coragem para o senhor JJ, que entregou uma obra inferior ao seu próprio primeiro filme.

Talvez eu consiga destacar positivamente que JJ Abrams conseguiu ir bem nas continuidades que ele foi capaz de não destruir, e me agradou um pouco com o fim de Kyle Ren e Leia (coisas que também poderia ser melhor trabalhadas, mas é exigir demais desse filme).

É completamente discutível se é um filme propriamente ruim (na minha opinião, não é), ou se é ruim enquanto filme de Star Wars (seguramente, é). Mas fica o questionamento: fãs de grandes sagas vão sempre se satisfazer com filmes covardes, sem peso, preguiçosos e que se entregam aos preconceitos do mundo? Fica a reflexão. Me senti bem, não me arrependo de ir ao cinema por ter privilegiado o que vi antes, não sou a favor de nenhum "boicote", mas ficaram devendo, e o filme vai ser mais lembrado pelas suas dividas que por sua conclusão.