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O caminho do homem justo está cercado por todos os lados pela iniquidade dos egoístas e a tirania dos maus.
Bendito aquele que, em nome da caridade e boa vontade, guie os fracos através do vale das trevas, pois ele é verdadeiramente o guardião de seus irmãos e localizador de crianças perdidas.
E eu vou derrubar sobre ti com grande vingança e raiva furiosa aqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos.
E você saberá que meu nome é o Senhor, quando minha vingança cair em cima de você.

Últimas opiniões enviadas

  • Kevin Felix

    Em um momento do filme, o Capitao Willard chega em um de seus soldados no meio de uma batalha, e pergunta: "Quem está comandando esta operação?", o soldado olha para ele e responde com outra pergunta: "Não é você?". Esta cena representa tudo o que o Coppola quis dizer neste longa: o quão desorganizada foi esta guerra, o quanto foi um suicídio o que sofreram os soldados estadunidenses, o quão perdido estavam aqueles jovens em meio à tanta loucura liderada por governantes genocidas. Só por esta cena já vale o filme, só por esta cena apocalipse Now merece ser classificado como uma das maiores belezas que o cinema já produziu.

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  • Kevin Felix

    Há um constante erro na tradução dos títulos de filmes estrangeiros para o português, muitas vezes podem soar apenas estranhos como Pierrot Le Fou (Pierrot, o louco) que no Brasil ficou com o inexplicável título, O Demônio das Onze Horas – mas muitas vezes podem prejudicar e até dar spoilers como na terrível tradução de Mulholland Drive (que é o nome da avenida onde acontece boa parte do filme) que aqui ficou com o revelador título Cidade dos Sonhos. No filme em questão No Country For Old Men “ganha” uma ininteligente e prejudicial tradução para “Onde os Fracos não tem vez” que seria muito melhor (e correto) se trocassem a palavra “fracos” por “velhos” ou se simplesmente utilizassem ao pé da letra como em Portugal, “Este país não é para velhos”.

    Desde que estrearam em 1984 com o excepcional Gosto de Sangue, os irmãos Coen tem uma regularidade impressionante com uma filmografia invejável a qualquer diretor. A dupla já fez filmes espetaculares como Fargo, O Homem Que Não Estava Lá, Bravura Indômita, O Grande Lebowski e até seus irregulares Matadores de Velhinhas e E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? tem seus bons momentos. Em No Country For Old Men não é diferente, o filme tem uma trama eletrizante, onde os momentos de perseguição chega a ser tão tensos como os de Exterminador do Futuro 2 - e todo o enredo é tão bem desenvolvido e inteligente, sem deixar nada mastigado, trazendo assim, interpretações diferentes.

    Todo o elenco do filme é muito bom, destacando-se (claro) o Javier Bardem, que aqui faz uma atuação sensacional com o seu personagem Chigurh, que mesmo com o seu jeito sério, taciturno e tranquilo, já logo de cara nos faz entender que se trata de um sociopata, mesmo se não tivéssemos visto-o matando alguém.

    O Xerife Ed (Tommy Lee Jones) após muitos anos de profissão nunca tinha visto nada igual ao que estava acontecendo, ficando impressionado com as ações e a psicopatia de Chigurh, mas mesmo que disposto a parar o assassino, ele sempre está atrasado ante aos acontecimentos, sempre que chega já aconteceu o que tinha que acontecer. A prova do despreparo e dá relação com o passado da polícia no filme é quando o Xerife Ed e seu parceiro Wendell chegam ao local da negociação montados em seus cavalos, enquanto só vemos carros ao redor.
    Chigurh aqui é a representação da morte, por onde ele passa raramente alguém consegue escapar vivo. Apesar de Moss (Josh Brolin) tanto fugir, o destino dele era inevitável e o Xerife Ed sabia disso.

    Os Coen conseguem nos mostrar tudo de maneira espetacular, a cena em que o Chigurh entra na loja de conveniências e ameaça o vendedor é uma das melhores do filme, intercalando entre planos abertos e outros fechadíssimos, conforme a tensão aumenta. Conta também com uma ótima direção de arte, mostrando as cordas ao fundo da loja, como se o velho estivesse numa forca e uma trilha sufocante, valorizando os sons diegéticos que com todo aquele silêncio aumenta ainda mais a tensão.

    No fim o Xerife Ed Tom Bell chegou tarde demais, não conseguiu salvar o Moss e nós espectadores também não conseguimos chegar a tempo e nem ao menos vimos como tudo aconteceu e assim percebemos que depois de 122 minutos de filme o verdadeiro velho do filme éramos nós.

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  • Kevin Felix

    Em julho de 2005 chegava ao Brasil Sin City – A Cidade do Pecado, um filme que de forma magistral conseguiu trazer a HQ (homônima) de Frank Miller para dentro das telonas. Apresentando de forma envolvente, quatro histórias interessantíssimas que se cruzavam com momentos extremamente violentos e espetaculares, nos remetendo aos filmes noir da década de 40. Utilizando da mesma fonte, esse Sin City 2 – a dama fatal tenta ser igual ao anterior, mas acaba se transformando numa grande frustração para quem tanto apreciou o primeiro longa.

    Ao longo dos intermináveis 102 minutos de projeção, acompanhamos diversas histórias que, diferente do primeiro filme, são muito menos interessantes e mal desenvolvidas. As narrações em off que eram tão fortes no primeiro longa, perdem força, com diálogos que não são nada interessantes como os do primeiro filme, frases marcantes como “o velho morre, a garotinha vive, uma troca justa”, são substituídas por irrelevantes: “Devo ter esquecido de tomar o remédio, eu tenho um problema, é ruim esquecer de tomar o remédio quando você tem um problema”.

    No primeiro filme, os momentos que tinham cores eram pra poder destacar algo importante na trama, como por exemplo, o vilão, pois a cor amarela é muito bem utilizada para nos passar o quanto o cara era nojento, pela cor dele você praticamente sentia o seu fedor. Já nesse segundo, ela é jogada de qualquer jeito, com personagens completamente coloridos, sangues e grandes chamas de fogo, utilizada apenas pra brincar e enfeitar a tela.

    O elenco do filme é completamente extenso e recheado de personalidades de destaque, mas que pouco consegue fazer por seus papéis curtos e sem função narrativa (temos até a Lady Gaga de garçonete). Jessica Alba faz aqui uma das piores atuações que eu já vi, a cena em que ela se corta é uma das cenas mais constrangedoras do cinema, ela consegue proporcionar uma atuação tão ruim, que numa cena que era para nos dar tensão, nos traz risadas.

    A deliciosa e fraca Eva Green, apesar de dar título ao filme, assim como no fraquíssimo 300 – A ascensão de um império (2014, Noam Murro), tem um tempo gigantesco de tela, com um roteiro feito para poder exibir seu belo corpo. Utilizando assim todo o tempo do personagem do Bruce Willis, por exemplo, que mesmo morto poderia ter uma história muito melhor desenvolvida.

    Os diretores (Frank Miller e Robert Rodriguez) brincam de todas as maneiras possíveis, com carros andando em volta da cabeça dos personagens, cabeças explodindo pra todos lados, sem função narrativa alguma. Com isso nos fica a dúvida se o Tarantino dirigiu apenas uma cena no primeiro filme.

    Como disse o Marv: "é ruim esquecer de tomar o remédio quando você tem um problema” e acho que o Rodriguez e o Miller esqueceram de tomar o seu remédio.

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