Lígia Morais

O sétimo episódio foi ótimo, mas o episódio dessa semana foi realmente sen-sa-cio-nal!

Achei que essa temporada não ia conseguir superar a primeira, que tinha personagens tão envolventes. Estava bem enganada! Mano, a trilha sonora e a edição dão um verdadeiro show! Enfim, só elogios.

Não sei nem o que esperar dos dois episódios finais. E isso é ainda mais incrível :)

Depois de muito fugir desse filme, na certeza de que seria bem mediano, assisti na casa de uma colega num dia em que não tava passando mais nada na tevê. E conseguiu ser muito pior do que eu esperava. Que filme extremamente MACHISTA! Além de nada original, é um desserviço para as discussões feministas. Colocam a protagonista (apesar de formada em jornalismo - que tem uma empresa que trabalha com planejamento de casamentos e tal) inferior aos homens com quem ela sai. Realmente a retratam como estúpida (desconhecendo, por exemplo, qualquer discussão política e até mesmo o aquecimento global). Exageram ao mostrar sua preocupação estética, com uma obsessão por roupas, joias, maquiagens etc. O filme não promove o empoderamento feminino, mas mostra uma incessante busca por um marido, já que a protagonista (segundo eles, claro) está numa idade (39 anos) ~em que toda mulher com certeza já devia estar casada. Que absurdo! E sim, apesar de estar sofrendo com a gigante propagação de péssimos estereótipos, eu vi o filme até o fim. Apenas na esperança de uma reviravolta, de alguma mudança que não deixasse como moral ideias tão machistas. Mas não:

É pra chorar mesmo com todo esse moralismo e toda essa hipocrisia. Tenho vergonha alheia desse filme. E falam tanto de amor, pena que esse ~amor~ parece depender da subjugação da mulher. Fico feliz por ter me identificado minimamente com a personagem - o que vi de semelhança foi exatamente o pertencimento a uma sociedade que impõe regras absurdas e prevê comportamentos humilhantes das mulheres.

Acho ainda que esse filme não deve ser visto como comédia (é, tem uma ou outra piada quase engraçada do Paulo Gustavo), mas como um triste retrato das tolices e incoerências que a sociedade espera das mulheres. E essa é só parte da minha indignação.