Marcos Paim

QUE TEASER LINDO

OLHA ESSAS MULHERES

O que mais me animou foi ter sentido que a essência/ sentimentalismo da versão do Dario foi preservada e acabou originando novas vertentes para uma outra atmosfera contemporânea mais crua, gélida e com um ar bucólico também. Deu pra ver que pelo menos uma derivação muito bem produzida está por vir. Não vai ser um remake (amém) mas vai funcionar como uma homenagem ao universo de Suspiria.

A simplicidade e a inocência: ♥

O filme tem toda aquela energia nostálgica e que te faz refletir sobre a vida atual e futura. Consegue mostrar as diversas formas de amor, ele podendo ser violento, sem necessidade de uma explicação, infantil, mimado, que possa gerar consequências. Steve é um personagem muito hiperativo emocionalmente, te faz rir durante o filme mas ao mesmo tempo transmite uma sensação de tristeza e revolta. Mesmo com dificuldades e uma relação explosiva, o enredo demonstra como o amor de mãe ultrapassa limites inimagináveis e constrói um certo tipo de amnésia de situações só para proporcionar a felicidade do filho. Tem cenas que te deixam vazio, faz com que você reflita por tudo que você já passou e pode mudar para crescer de forma saudável. As músicas são simetricamente bem escolhidas e tocam na hora certa, o que é incrível! Tudo ali te faz querer evoluir, viver por um propósito mas ao mesmo tempo viver sem pensar nas consequências, te faz querer ser livre, ter liberdade o bastante pra deixar a sua marca. A técnica usada para a reprodução do filme na tela é super genial, dá um sentido a mais para tudo apresentado, consegue simular todo o sufoco e desespero presentes em alguns personagens. Dolan, obrigado por escolher "Born to Die" para tocar em uma cena marcante, fazer o meu dia feliz, mostrar mais uma vez que o cinema é maravilhoso, e que eu só te amo mais a cada dia que passa!