Lucas Siqueira

Abandonei na metade do episódio 4, simplesmente não deu pra continuar. História arrastada, personagens fracos e diálogos galhofas, tudo que a primeira temporada não tem. Aqui pareceu que Pizzolato quis se aventurar no além de suas capacidades, criando muitas sub-tramas com foco em vários personagens complexos e se esquivando da trama principal, um completo tiro no pé.

Esplêndido! Esse é o melhor adjetivo que consegui encontrar em minha mente para descrever essa obra prima de Scorsese.

Um filme feito para as telonas; quem deixar para assistir na Apple TV vai perder muito da experiência que é ver esse filme numa sala de cinema. A sessão que eu peguei estava cheia, porém do minuto inicial até o final, foi um silêncio completo, com pouco barulho de pipoca sendo mastigada (o que faz parte) e alguns cochichos sobre comprar mais refrigerante; o público se manteve focado na história projetada na telona, ​​atenção dobrada para garantir que nenhum momento do filme passasse despercebido. Um exemplo do porquê acho Scorsese o melhor atualmente, um cineasta que consegue, em cada obra lançada, garantir o respeito do grande público e dos amantes de cinema; Ninguém sabe fazer cinema melhor do que Scorsese. “Assassinos da Lua das Flores” é uma obra instigante, com um roteiro repleto de cenas e diálogos maravilhosos que se tornam marcantes pela qualidade técnica, seja sonora ou pela cinematografia, que aqui é de cair o queixo. Quem assina a fotografia é Rodrigo Prieto, que já mostrou sua arte em “Silence” e “The Irishman” e repete parceria com Scorsese; ele está em seu auge.

Leonardo DiCaprio está em um de seus melhores trabalhos, interpretando o sem caráter Ernest Burkhart, que com trejeito caipira e burro, dá a DiCaprio a chance de interpretar um personagem fora do eixo galã genial e herói, como é de costume; um momento marcante para ele. De Niro é gigante e entrega um excelente trabalho interpretando um personagem extremamente complexo e de caráter dúbio; Essa parceria entre De Niro e Scorsese é o que há de melhor na sétima arte, nunca decepciona. Agora, quem roubou a cena é a estreante Lilly Gladstone, cujo olhar penetrante te faz amar a personagem Mollie do início ao fim; com certeza, ela vai com força concorrer aos melhores prêmios da categoria.

Mesmo tendo quase 3h30 de filme, o que pode fazer com que uma grande parte do público fuja dos cinemas, o filme se mostra completo; mesmo tendo alguns poucos momentos que poderiam ser adiantados ou até mesmo excluídos do corte final afim de dar mais ritmo à história e reduzir o tempo da obra, Scorsese escolhe construir aquele mundo aos poucos e nos ambientar aos pouquinhos à trama complexa que é Assassinos da Lua das Flores, que fecha com chave de ouro e com uma grata surpresa que me fez reclinar sobre a cadeira; sem dúvida um dos melhores filmes do ano.

Vale muito a pena, vá ver esse filme no cinema.

Fraquíssimo!

Esse tenho certeza que foi escrito para "agradar" algoritmo, pois tem Gal Gadot, vilão bonitão, ação galhofa nível Velozes e Furiosos, copia mas não faz igual de 007 e Missão: Impossível. Um filme Frankenstein da Netflix - até os créditos iniciais tem forte inspiração a 007. Que horror!

Gal Gadot interprando Gal Gadot, não ousa muito e segue o protocolo. Ela ainda está me devendo um papel que me convença de que ela é uma grande atriz. Foi triste chegar a essa conclusão, mas ator não deve vender apenas carisma - algo que Gadot tem de monte.

Agente Stone tem diálogos sofríveis e direção confusa. Nada nesse filme parece inspirar o espectador em suas 2 horas de duração.

Depois do terrível Agente Oculto (2022), filmes de grande orçamento da locadora vermelha e com elenco estrelado, parecem estar fadados ao fracasso de crítica, pois não trazem novidades alguma e parecem cada vez mais serem feitos apenas para encher catálogo. Uma pena!

AGENTE STONE (2023) - Dir. Tom Harper
Nota: 2 (duas estrelinhas) - Ruim!