Math

Já perdi a conta de quantas vezes assisti a esse filme. Quem conhece The Great Dictator tem consciência de sua relevância histórica, mas não é isso que eu quero destacar, como também não pretendo fazer uma análise técnica sobre a obra e nem abordar o monólogo espetacular feito por Chaplin no final. Todos sabem, acredito eu, que este é um longa-metragem de comédia e é justamente esse ponto que me fez chegar até aqui, um ponto tão simples.
Chaplin foi muito corajoso em denunciar a irracionalidade nazista naquele período e fez isso utilizando a sua maior arma, o humor. Hoje eu percebo que a comédia cinematográfica perdeu um pouco da sua importância, afinal não arrecada tanto dinheiro como as grandes produções, ou seja, é insignificante. Além de mim, notei que algumas pessoas não gostam tanto de filmes de comédia ou só os assistem para passar o tempo. Filmes como The Great Dictator nos levam a rir e ao mesmo tempo a pensar, a enxergar o mundo de outra forma. Poucos são os filmes de comédia bons e os que me agradam geralmente são os antigos.
Para mim o humor é muito mais que uma habitual descontração, é uma energia fundamental para a vida do ser humano. Infelizmente muitos não sabem utilizar o humor com sabedoria, por isso tanta porcaria é produzida hoje em dia. Trocou-se elementos cômicos que são tão sutis, que somente os artistas verdadeiros conseguem extrair da vida, pela ridicularização do gênero, orientação sexual, biótipo, cor e a lista é extensa. Sinto falta de achar graça de boas sacadas, sinto falta de comediantes que usam o humor de forma positiva e inteligente, sinto falta de simplesmente rir. Encerro esse texto, que já ficou gigantesco, com uma frase que gosto muito do próprio Charlie Chaplin que resume bem tudo o que mencionei.
“Através do humor vemos no que parece racional, o irracional; no que parece importante, o insignificante. Ele também desperta o nosso sentido de sobrevivência e preserva a nossa saúde mental.”

Fui na estreia sabendo que esse filme seria maravilhoso justamente porque já conhecia a história dos outros filmes, com a Judy Garland e Barbra Streisand. Logo no início eu já me arrepiei e fiquei assim até o final. Que isso? Sabemos que a Gaga é uma ótima cantora, mas que atuação é essa? Não só ela mas o Bradley Cooper também, nem sou muito fã dele, mas confesso que aqui ele está completamente transformado. Conseguiram melhorar um roteiro que já era ótimo, a atmosfera do filme é arrebatadora, faz tempo que não assistia um filme tão bem feito como esse. Sem dizer que não existem canções aqui, são hinos. Não tem uma música ruim e é impossível não sair do cinema com "Shallow" na cabeça. Espero bons prêmios para esse filme no Golden Globe, Oscar e outros. Para mim Gaga é a nova Streisand, uma estrela já consagrada na música e agora no cinema.

Que série maravilhosa. Essa temporada foi bem mais sofrida que a primeira e de certa forma achei que foi positivo. A June cresceu muito como personagem, Elisabeth Moss é incrível em sua interpretação e nessa temporada achei que ela conseguiu ser ainda melhor. Destaco também a importância da Serena na temporada, a sua história é melhor apresentada e seu propósito, mas confesso que ainda não sei se gosto dela ou se a odeio. E sobre esse final? Nem vou comentar, não consigo. Que venha logo a terceira temporada. Blessed be the fruit!