Últimas opiniões enviadas
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Almodóvar realmente surpreende com "La piel que habito". A flagrante tensão entre o perturbador e o inesperado são elementos comuns aos filmes do cineasta espanhol, porém "La piel que habito" transcende os dramas anteriores, apresentando um estereotipado Richard Ledgard tal como Mr. Hyde, de Robert Louis Stenvenson. O médico é o monstro, afinal. Para além de discussões sobre os limites e possibilidades da bioética, a obra traça um paralelo fundamental sobre a (in)sanidade humana, sobre a dualidade amor/ódio e sobre os mais obscuros sentimentos que povoam a psique humana. Fica a dica, ainda que a perturbação seja inevitável.
Últimos recados
- Nenhum recado para Paulo Roberto Alves.
Nesse filme Sean Penn inegavelmente supera seus fiscos anteriores. A partir da obra de Jon Krakauer, Penn (além de dirigir) escreve um roteiro brilhante, onde explora a busca do Jovem Christopher Mccandless pela própria identidade a partir de seu isolamento voluntário para com a sociedade. Ao abrir mão de sua vida confortável e elitista, Mccandless não busca tão somente fugir de um meio social por ele visto como medíocre e superficial, mas igualmente busca seu isolamento como forma de autoconhecimento e liberdade. Na solidão do Alaska o reencontro do personagem com ele próprio é evidente. A perspectiva final do filme nos remete à necessária consideração de que nenhum ser humano é capaz de alcançar a felicidade de forma isolada e solitária, conclusão, aliás, do próprio personagem durante seu derradeiro inverno no distante e gélido Alaska. Tudo isso sob a excepcional trilha sonora de Eddie Vedder. Certamente vale a pena...