Últimas opiniões enviadas
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Um filme que coloca São Paulo como símbolo máximo da possibilidade de um “Brasil moderno” e, ao mesmo tempo, escancara a hipocrisia dessa modernidade. Modernidade de valores egoístas, de empresários corruptos, de empregados angustiados, de prédios altos imponentes, que abrigam indivíduos invisíveis, desde famílias felizes recém-constituídas até viúvas tristes.
Alguns trechos assustam de tão atuais, rs.
“Otimismo, o Brasil precisa de otimismo. Se o dólar sobe, se o café cai… e daí? Esse país sempre esteve à beira do abismo.”
Obviamente, ainda é possível enxergar com algum otimismo a modernidade e as infinitas chances de “recomeçar” que a vida urbana proporciona. Porém, a crítica do filme sempre estará lá como um lembrete atemporal.
Últimos recados
- Nenhum recado para Tobias Bezerra.
A primeira metade é um suspense muito bem construído, que consegue abordar bem temas como bullying, armamento, milícias e limites entre o "civilizado" e "não civilizado" (no estilo Relatos Selvagens).
Na segunda metade, achei que forçaram algumas escolhas no roteiro para chocar, em um tom mais novelesco. Esse tom novelesco da segunda parte não chega a prejudicar tanto assim porque o entretenimento foi garantido. Que trabalho de Adriana Esteves, Milhem Cortaz e Eduardo Sterblitch!