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Morre Gloria Stuart, indicada ao Oscar por 'Titanic' (27/09/2010)

Atriz de 100 anos viveu a narradora do filme, Rose, que tem caso com personagem de Leonardo DiCaprio

Gloria Stuart, a atriz que interpretou a personagem Rose já na velhice no filme Titanic, morreu neste domingo aos 100 anos. Stuart, que tinha câncer de pulmão há cinco anos, morreu em sua residência em Los Angeles, Califórnia. O papel no longa de James Cameron, no qual era narradora do romance que teve com o personagem Jack, lhe valeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, aos 87 anos. Gloria ainda foi indicada ao prêmio Globo de Ouro e conquistou o prêmio do Sindicato dos Atores, que compartilhou com Kim Basinger.

O diretor de Titanic, James Cameron, disse que buscava para esse papel alguém que tivesse vivido a época dourada de Hollywood e escolheu Gloria, sobre quem depois diria que, aos 87 anos, era uma das poucas atrizes de sua idade "ainda disponível, sem problemas com álcool nem com reumatismo".

Stuart começou sua carreira fazendo teatro em Pasadena (Califórnia) e logo conseguiu um contrato com os estúdios da Universal. Sua estreia no cinema chegou com "Street of Women", em 1932. Ela se destacaria como uma das primeiras "rainhas do grito" por seu trabalho em filmes de terror como Frankenstein e A Casa Sinistra. Gloria Stuart nasceu em 4 de julho de 1910 em Santa Monica (Califórnia). Deixou uma filha - a escritora Sylvia Thompson -, quatro netos e 12 bisnetos, informou nesta segunda a revista Variety.

Titanic (1997), de James Cameron, arrecadou 1,8 bilhão de dólares e se transformou no maior sucesso de bilheteria até este ano, quando foi superado por Avatar, outra produção de Cameron, que arrecadou mais de 2,7 bilhões de dólares.

Considerado por muitos críticos a melhor versão da vida de Cristo já produzida, o filme cobre os 33 anos vividos por Jesus Cristo, desde seu nascimento até a Crucificação, Ressureição e a Ascensão. Incluindo o relacionamento do Salvador com João, os 40 Dias no Deserto, a Escolha dos Apóstolos, o Sermão na Montanha, a Traição de Judas, a Páscoa e a Última Ceia.

Sob a luz da evolução do cinema, mas sem efeitos especiais eletrônicos, o filme fez “milagres” na época com truques manuais de luzes e sombras, e definiu o talento do cineasta Cecil B. De Mille para os dramas históricos, principalmente os superespetáculos bíblicos que dirigiria no futuro, como “Os Dez Mandamentos”, e que lhe dariam a alcunha de “o grande cineasta cristão”. Obra-prima incontestável de grande valor histórico e religioso, o filme é uma mistura hábil de reverência espiritual e imaginação cinematográfica. Em meio a um elenco extraordinário, J.B. Warner, cujo verdadeiro nome era James B. Tobias, famoso galã de westerns da época e que ganhou o sobrenome Warner ao ser adotado, receberia o papel de Jesus, mas sua morte aos 29 anos de tuberculose obrigou De Mille a chamar seu irmão de criação H.B. Warner para o papel, mas este envolveu-se em um escândalo sexual com uma mulher que tentava chantageá-lo. Temendo que isso arruinasse o filme, o próprio De Mille pagou à mulher, sob a condição de que ela deixasse o Estados Unidos.