Vítor

É um bom filme, mas pra quem conhece um pouco mais da história dela fica devendo um pouco. Visitamos o santuário em Salvador semana passada, não tem muito o que ver, mas a energia do ambiente é uma coisa sensacional. Fomos extremamente bem recebidos pelas pessoas que lá cuidam, e a história dela é de luta pelo próximo, indo contra muita coisa (vide a época!). Seu caminho e sua história é uma inspiração pra sermos pessoas melhores!! Pessoas assim precisam ser conhecidas, descobertas e celebradas!

O final poderia ter sido melhor se

Esse é um filme que abraça a cadência lenta como parte essencial de sua narrativa. Esta escolha, embora possa não agradar a todos os públicos, certamente contribui para a construção de uma atmosfera profundamente melancólica e solitária. Através da lentidão, o diretor nos permite entrar na mente do protagonista, Gabriel, e experimentar sua intensa sensação de isolamento de maneira mais profunda e significativa.

A fotografia do filme merece destaque especial, pois é indiscutivelmente belíssima. A direção de fotografia captura de forma magistral as paisagens desoladas e a paisagem rural do sul do Chile, criando uma simbiose visual com o tema da solidão e do isolamento. A escolha de tons frios e sombrios contribui para enfatizar a sensação de desamparo do protagonista, enquanto a beleza das imagens cria um contraste fascinante.

No entanto, apesar desses aspectos positivos, é preciso mencionar que a lentidão do filme pode ser um obstáculo para alguns espectadores. Aqueles que procuram uma narrativa mais dinâmica podem achar o filme um desafio, já que o ritmo contemplativo pode se arrastar em certos momentos, testando a paciência do público.

Um pouco denso e muitas vezes cru (como as peles das ovelhas) em certos momentos, mas igualmente profundo e com um último ato emocionante.

Uma grata surpresa!