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Ficha técnica completa


Título 100 Anos-Luz (Original)
Ano produção 1995
Dirigido por
Estreia
1995 ( Mundial )
Outras datas
Duração 60 minutos
Classificação
Gênero
Países de Origem

Sinopse

"100 anos-luz" foi um programa de TV de 8 episódios (realizado em homenagem aos 100 anos de história do cinema, com os grandes momentos dos filmes realizados ao longo de um século) exibidos em 1995.

Dividida em episódios temáticos, a série apresentava trechos dos filmes mais populares e elogiados da história. “Fantasia”, o programa de estréia, teve três blocos de duração e contou um pouco das origens do cinema, mostrando imagens raras do início do século, como cenas dos irmãos Louis e Auguste Lumière, criadores do cinematógrafo, a invenção que significou o nascimento do cinema. O programa também abordou esse aspecto de criação de novos mundos através das imagens, traçando uma linha imaginária que vai dos primeiros experimentos até os sofisticados efeitos especiais de George Lucas, passando pelas criações de Walt Disney e os sucessos de bilheteria de Steven Spielberg. No encerramento, um perfil de Frederico Fellini, diretor considerado o grande sonhador do cinema.

“Amor” foi o tema do segundo programa, que mostrou cenas de grandes histórias românticas contadas no cinema, como "...E o Vento Levou" e "Casablanca"; e apresentou os perfis dos astros Greta Garbo, Clark Gable, Elizabeth Taylor, Audrey Hepburn, Grace Kelly, Humphrey Bogart, Lauren Bacall, Paul Newman e Joanne Woodward. Em uma homenagem às mulheres, os perfis de Leila Diniz e do diretor de François Truffaut.

O episódio seguinte abordou o tema “Aventura”. Os grandes heróis do cinema apareceram em cenas de seus melhores momentos nas telas. Imagens de Johnny Weissmuller, Douglas Fairbanks, Errol Flynn, e o perfil de John Wayne, o maior cowboy do cinema. Um segmento homenageou os grandes filmes de western e apresentou o perfil do diretor John Ford. Sean Connery, o primeiro James Bond; e Humphrey Bogart, o ator que celebrizou o detetive policial, ganharam edições especiais com seus melhores momentos. Os samurais heróis dos filmes de Akira Kurosawa, os anti-heróis do cinema noir e as heroínas do cinema também tiveram sequências-destaque. "O Cangaceiro", filme de Lima Barreto, vencedor do em Cannes, como melhor filme de aventura, representou o cinema brasileiro neste episódio.

“Riso”, o episódio três, abriu com um bloco inteiro dedicado ao gênio do humor Charles Chaplin. Nos blocos seguintes, foram mostradas cenas de filmes de outros expoentes do cinema mudo, como Buster Keaton, Harold Lloyd e Stan Laurel e Oliver Hardy ("O Gordo e o Magro"). Também foram homenageados o humor ensandecido dos Irmãos Marx, os filmes nacionais dos tempos das chanchadas, com Oscarito e Grande Otelo, e a comédia romântica dos anos 40 e 50. Os perfis cinematográficos exibidos foram os do comediante Jerry Lewis e do cineasta Billy Wilder. O programa terminou apresentando um perfil especial do ator e diretor Woody Allen e uma edição com o melhor de suas produções.

O episódio “Medo” foi todo costurado por aparições do grande mestre do suspense, Alfred Hitchcock. Sua figura, ao mesmo tempo sinistra e sardônica, encerrou todos os blocos com explicações sobre seus filmes e cenas mais famosas. O programa apresentou uma seleção do cinema de horror: do expressionismo alemão ("Nosferatu" e "M.- o Vampiro de Dusseldorf") até a dimensão fantástica e a ficção científica ("King Kong", "Poltergeist", "Alien", "O Exorcista" e "O Bebê De Rosemary"). O medo foi mostrado também em filmes cult como "Blade Runner", de Ridley Scott, e na ultra-violência de "Laranja Mecânica", de Stanley Kubrick. Houve ainda os perfis de Martin Scorsese, diretor de "Taxi Driver"; e dos atores Robert DeNiro e Jack Nicholson. O mais famoso personagem de terror do cinema brasileiro, Zé do Caixão, apareceu numa edição dos trabalhos do diretor José Mojica Marins. O bloco final foi todo dedicado à Hitchcock.

O sexto episódio da série tratou do “Erotismo”. Foi dado destaque à guerra contra a censura e às grandes estrelas do cinema que se tornaram símbolos sexuais, como Marlon Brando, Marilyn Monroe, Briggite Bardot, Ava Gardner, Rita Hayworth, Jane Mansfield e outros. Os filmes baseados nas histórias de Nelson Rodrigues, com cenas de Sônia Braga e Vera Fischer, representaram o cinema nacional.

“Corações e mentes” examinou como os cineastas chegaram à consciência do público através do coração. Foram exibidas cenas de "Cidadão Kane", considerado o melhor filme de todos os tempos, e apresentado um perfil de seu criador, Orson Weles. O filme Intolerância, de D.W. Griffith, também mereceu destaque. O cinema brasileiro ganhou um bloco exclusivo, com cenas dos filmes Limite, de Mário Peixoto, e "Pixote", de Hector Babenco. O Cinema Novo de Gláuber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues também foi lembrado pelo programa. Outro bloco foi dedicado ao neo-realismo do cinema italiano e a nouvelle vague francesa. Os grandes criadores do cinema, Sergei Eisenstein, Luis Buñuel, Ingmar Bergman, Jean Luc Godard e Akira Kurosawa, foram homenageados no bloco final.

Os “Musicais” foram o tema do episódio seguinte, com os números de dança de Ginger Rogers e Fred Astaire e com coletâneas de imagens de Judy Garland, Gene Kelly, Carmem Miranda e Frank Sinatra. Uma seleção dos grandes filmes musicais encerrou o episódio com cenas de "Amor, Sublime Amor", "My Fair Lady" e " A Noviça Rebelde".

O episódio final de "100 anos-luz" foi uma espécie de exercício de metalinguagem. O programa consistiu numa seleção de filmes que falam de cinema e que declaram seu amor pela sétima arte, como o "A Noite Americana", de Truffaut, um relato poético sobre os bastidores de uma filmagem; "A Rosa Púrpura do Cairo", de Woody Allen, em que os personagem protagonista abandona as telas por que se apaixona por uma espectadora de carne e osso; e "Cinema Paradiso", de Giuseppe Tornatore, sobre a formação de um cineasta e a descoberta do amor pelo cinema.

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