Albert Camus foi criança nos bairros populares de Argel, filho de uma mãe iletrada, que se tornaria o mais jovem Prêmio Nobel Francês de literatura. Jogador de futebol acometido de tuberculose, bom dançarino e ardente nadador, estilo sedutor de antigos cavalheiros, jovem destruidor de todos os totalitarismos, de todas as convenções, contrário ao intelectualismo de esquerda fossilizado que jamais lhe perdoou as muitas facetas de homem complexo, "Solidário e solitário", como costumava dizer. Embora muitos dos seus romances se tornassem clássicos, concebidos quando ainda era um jovem escritor, o verdadeiro Camus só encontramos em suas Cartas e em seu último livro que a morte lhe impediu de terminar, "O Primeiro Homem". Testemunhos de Olivier Todd, Roger Quillot, Christiane Faure, Francis Jeason, Robert Gallimard e seus filhos Jean e Catherine Camus.

Esta é a história finalmente revelada de um dos grandes escritores franceses do século 20. Um escritor que num mundo desconfiado da ideologia, finalmente encontrou seu devido lugar e teve o respeito daqueles que preferem a justiça e a verdade ao invés do dogma e do extremismo.
Em colaboração com Olivier Todd, autor de "Camus: Uma Vida", o filme evoca a vida do escritor, seu trabalho e suas viagens. Depoimentos colhidos entre o círculo de seus amigos mais íntimos, particularmente de 5 mulheres que o apoiaram, trazem o passado à vida. O filme se concentra em 3 de suas obras, talvez as mais importantes, O Estrangeiro, A Queda e O Primeiro Homem, e nos leva para o cenário de suas criações, Argélia, Paris e Provença.
"Ele me pediu para avisar que não tem dinheiro, nem emprego, é tuberculoso e gosta muito de sua liberdade", assim Camus se anunciaria para a família de sua futura esposa.