O filme trata da memória e história de luta do Coque, mais especificamente, a luta pela posse da terra. Mas também, a própria relação e vínculo com essa terra. “Porque conhecer um pouco da história do Coque é conhecer uma parte da história dessa cidade partida, que é Recife”, afirma a diretora Rafaela Vasconcellos. Ela ainda destaca que a exibição acontece num momento extremamente simbólico para o Coque e a cidade. “Há uma série de intervenções urbanísticas acontecendo hoje no bairro, sem um diálogo com as pessoas que moram ali. É o caso da ampliação da estação do metrô, com vistas à Copa de 2014; a Via Mangue e o projeto de construção do polo jurídico naquela área. Inclusive, já foi erguido um muro do que será a nova sede da OAB de Pernambuco. Isso, sem contrapartidas para a comunidade, que, vale lembrar, é uma Zona Especial de Interesse Social, uma ZEIS”.