É um debate interessante.
Está semana fui assistir o vencedor do Leão de Ouro, o filme Desde Allá.
Fiquei fascinado com a produção venezuelana que em meio a tanta desgraça, conseguiu reunir tantos elementos bons.

Segui em um pensamento:

Desde 2014, quando o filme mexicano "Não Aceitamos Devoluções"chegou aos cinemas brasileiros, após bater recordes e fazer barulho nos Estados Unidos tenho percebido o quão triste é a falta de empoderamento do nosso próprio conteúdo em relação a produção cinematográfica estadunidense e européia (incluindo a Espanha, afinal, quem não AMA Almodóvar?)
Escrito, dirigido e estrelado por Eugenio Derbez, celebridade na TV do México, o longa faturou US$ 44 milhões (R$ 98 milhões), tornou-se o quarto longa estrangeiro mais rentável da história e deu um recado claro a Hollywood: o público latino é a principal força do mercado doméstico.

Segmento populacional que cresce mais rápido nos EUA, os hispânicos representam 17% dos moradores do país e caminham para chegar a 30% até 2050. Em 2013, foram responsáveis por cerca de 25% da compra de ingressos de cinema, de acordo com pesquisa da Motion Picture Association of America. 

Além disso, os latinos vão mais ao cinema (6,4 vezes ao ano, contra 4,1 vezes da média geral dos norte-americanos), alugam mais filmes e consomem mais entretenimento em tablets e celulares: 47% fazem streaming de vídeos ao menos uma vez por semana, contra 25% de não hispânicos, segundo dados da PricewaterhouseCoopers divulgados em maio.

E, com toda esta força do povo latino, porque filmes de países latinos não são forte nos países latinos?