Subu faz filmes pornográficos. Ele não vê nada de errado nisso. Eles são uma solução para uma sociedade reprimida, e ele usa o dinheiro que ganha para manter sua companheira, Haru, e sua família. De tempos em tempos, Haru divide sua cama com Subu, apesar dela achar que o seu marido morto, reencadernado em uma carpa, desaprove. O diretor Shohei Imamura sempre se deliciou em explorar vidas decadentes, e nesse clássico de 1966, ele cria um humor subversivo na dinâmica entre Haru, seu filho edipiano, e sua filha, a verdadeira obsessão do pornógrafo. O tratamento que Imamura dá a tais tabus como voyeurismo e incesto levantou controvérsias quando o filme foi lançado, mas “Introdução à Antrologia” superou as críticas passadas e hoje é tido como um filme muito a frente do seu tempo.