Nascimento: 30 de Abril de 1952 (73 years)
Paris - França
Jacques Audiard, filho do roteirista Michel Audiard, inicia sua carreira cinematográfica como montador do filme Bons baisers à lundi (1974), dirigido por seu pai, e em seguida dedica-se à produção de roteiros. Até o ano de 1991, escreve um roteiro por ano, notadamente aqueles que serviram de base aos filmes Ronda mortal, de Claude Miller (1983), e Baxter (1988), de Jérôme Boivin. Em 1994, é lançado seu primeiro longa-metragem, Regarde les hommes tomber, que conta a história da amizade improvável entre Jean-Louis Trintignant, no papel de um trapaceiro em maus bocados, e Mathieu Kassovitz, interpretando um jovem um tanto limitado. Trata-se de um falso thriller, certamente dotado de uma boa dose de obscuridade, cuja cronologia é surpreendente. Nos deparamos novamente com Kassovitz em 1995 no filme Un héros très discret, baseado no romance de Jean-François Deniaux, em que o diretor brinca com a realidade através da imagem, capaz de construir um falso herói da Resistência. Audiard recebe então o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes de 1996. Em 2002, recebe o prêmio César de melhor roteiro por Sur mes lèvres, thriller sentimental entre dois marginais: uma jovem surda, capaz de ler lábios (Emmanuelle Devos) e um ex-presidiário (Vincent Cassel). Com De tanto bater, meu coração parou, em que um jovem trapaceiro encontra redenção através do piano (Romain Duris), Audiard recebe seis prêmios César, incluindo melhor filme francês e melhor diretor (2006). Com O profeta, sobre a violência inerente à prisão, recebe o Grande Prêmio do júri de Cannes, bem como nove prêmios César (2010).