Morto ao cair de seu apartamento em junho de 1984, o artista carioca é lembrado agora numa radiografia em forma de documentário: "Julio Barroso - Marginal Conservador", dirigido e roteirizado pelo jornalista Ricardo Alexandre - conhecido pelo livro "Dias de Luta: o rock Brasil dos anos 80".
O documentário recupera imagens raras em vídeos, áudios inéditos, fotos e depoimentos de amigos e parceiros, entre eles o cantor Lobão. O filme relembra histórias que ajudaram a lapidar a personalidade controversa do artista, incluindo momentos polêmicos envolvendo Julio Barroso e sua banda.
"Eu nunca encontrei uma figura no nível de loucura, de criatividade e de talento como ele. O problema é que o cara pode ser louco e não fazer porra nenhuma", assim Lobão define o amigo em um dos seus depoimentos no filme. O músico foi baterista da primeira formação do Gang 90. Além dele, muitos outros amigos e admiradores ajudam a contar a história de Julio, como os jornalistas Antonio Carlos Miguel e Okky de Souza, o guitarrista Miguel Barella, o tecladista Roberto Firmino e mais.
Nascido no Rio de Janeiro e radicado em São Paulo, Julio Barroso é compositor de "Perdidos na selva", "Nosso louco amor", "Noite e dia", "Corações psicodélicos" e "Telefone" - hits clássicos do rock brasileiro. Ele morreu em 1984 vítima de um acidente, caindo da janela de seu apartamento em São Paulo.