Um velho palhaço leva uma vida rotineira e solitária. As decisões que tomou, aliadas ao acaso, conduziram-no até um presente infeliz. O seu interior consulta o passado como caminho para um novo futuro. O filme aborda as temáticas do destino, da rotina e do emprego. A nível narrativo são usadas muitas metáforas, comparando o circo ao local de trabalho, o palhaço ao cidadão. Há um recurso muito intenso a símbolos e sinais. Um conto realista e imaginativo ao mesmo tempo. Outros temas abordados são o acaso, a sorte, o azar e, acima de tudo, a procura. A nível plástico filme é muito texturado e com o uso recorrente do tracejado nos objectos e no contorno da personagem. Os ambientes surgem em tons cinzentos, sendo a personagem o único elemento colorido. O filme tem fases onde o som é extremamente determinante, explicando a narrativa. A música intensifica e persegue o espírito da personagem, uma vez que não existe narrador nem diálogos.