Escultora, gravurista, pintora, desenhista e escritora, Maria Martins (1894-1973) foi uma mulher que desafiou o conformismo. Desquitada ainda muito jovem, em sua segunda união, com o embaixador Carlos Martins Pereira e Sousa, estabeleceu sempre sua independência. Estudando escultura na Europa com Oscar Jespers, em Bruxelas, desenvolveu um talento que a aproximou do surrealismo. Depois radicada nos EUA, conhece Marcel Duchamp, com quem manteria uma ligação amorosa e artística de mútuas influências. De volta ao Brasil, no início dos anos 1950, a artista encontrou preconceito contra o sensualismo de sua obra e participou ativamente da criação da Bienal de São Paulo.