Corações de Ferro não mostra nenhuma batalha vital para a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial, nem mesmo foca na evolução gradativa do conflito, apenas segue uma tripulação de tanque totalmente abalada pela violência, enquanto cada um deles tenta sobreviver aos últimos dias do evento mais sangrento da humanidade. Embora a paz esteja próxima, a resistência nazista é pesada e os veículos americanos não são páreo para os blindados alemães. Como consequência, o perigo para Brad Pitt e sua tripulação continua tão grande quanto no auge dos combates, e essa tensão combinada com a ansiedade pela volta para casa conduz o filme.
Don "Wardaddy" Collier (Pitt) lidera uma tripulação veterana que atravessou a África e a Europa em um tanque chamado Fury. A escolha de mostrar a história desses homens sem tom épico foi acertado; conhecemos a equipe logo após um de seus membros ser morto. Todos discutem, um joga a culpa no outro enquanto tentam voltar à segurança de sua base, oportunidade para conhecermos melhor esses personagens complexos e destruídos pelo terror do combate.
O restante da equipe é composta por Trini Garcia(Michael Peña), o motorista beberrão, Boyd Swan(Shia Labeouf), um soldado temente a Deus, e Grady Travis (Jon Bernthal), o mecânico valentão e bastante agressivo. Os traumas de seus dias de batalha estão marcados em seus rostos e, por isso mesmo, não levam nada bem o fato do exército obrigá-los a suportar Norman Ellison (Logan Lerman), novato sem experiência em combate que substitui seu companheiro morto. É pelos olhos de Norman que conhecemos melhor a tripulação.
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