Quando se vê um filme com o nome de Superpai, no primeiro momento imagina-se que ele vai falar sobre um pai dedicado, atencioso e responsável. No entanto, a nova comédia brasileira, dirigida por Pedro Amorim e estrelada por Danton Mello (Vai Que Dá Certo), traz o oposto disso, ou seja, uma história que, nem de longe, mostra uma família unida.
E esse "choque" é bom, pois derruba estereótipos e deixa de lado os rótulos tradicionais que vemos nas comédias nacionais. Pena que esse trunfo é mal aproveitado, já que o que se vê na tela é um exagero de piadas agressivas e situações tão forçadas que chegam a ser constrangedoras.
Com a participação de diversos humoristas, como Antonio Tabet (Porta dos Fundos), Dani Calabresa (Cilada.com), Rafinha Bastos (Copa De Elite) e Danilo Gentili (Mato Sem Cachorro), a história se perde, não porque as piadas são desbocadas, mas pelo o excesso delas. Em quase todos os diálogos, é possível perceber a preocupação dos atores em dizer algo engraçado. Isso pode parecer bom, pois mantém o tom humorístico da trama e mostra a desenvoltura do personagem, porém, compromete a atuação, principalmente por soar muito forçado e desnecessário.
Além disso, o filme demonstra que tem medo de assumir totalmente sua proposta de ser politicamente incorreto. Ao longo da trama, o que se vê é um forte desejo de construir um amadurecimento e uma nova personalidade para o protagonista. Isso faz com que a história não traga nada de criativo, além de expor a falta de ambição do roteiro.
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