Após 18 anos (Ponte de Varsóvia, 1989), Portabella volta à direção com "El silencio antes de Bach", vencedor do Prêmio Especial del Jurado del Festival de Gijón de 2007.

Em 1723, Johann Sebastian Bach chega a Leipzig, com sua família, para ocupar o posto de Kantor (Diretor de Música) na Escola de São Tomás. Trabalhador aplicado, sua posição social e laboral fica longe de ser privilegiada; mas sua fama como compositor e intérprete cresce exponencialmente ao longo de sua vida e transcende sua morte, tornando sua arte uma referência elitista e também popular.

Este filme mostra um Portabella fiel às formas de trabalho e construção fílmica que caracterizaram obras como "Nocturno 29" (1969) e "O Informe Geral Sobre Algumas Questões de Interesse Para Uma Proteção Pública" (1976): películas que não contam nenhuma história, mas estão claramente interessadas pelo presente e pelo passado.

Aqui, Pere analisa a relação profunda entre a Imagem e a Música quando esta não é apenas concebida como subsidiária, mas como um sujeito da narração no seu próprio direito.
O longa brota de uma estrutura musical previamente definida, e a trilha sonora se alimenta de obras de Bach e duas sonatas de Felix Mendelssohn, num passeio ao longo dos séculos XVIII, XIX, XX e XXI.