Em busca de traçar uma nova cartografia social de Paris, o diretor Sylvain George recorre a alguns adolescentes estrangeiros em seus percursos pelas ruas da capital francesa, após os dramáticos atentados que a sacudiram desde o final de 2015. Passam pelo crivo destes jovens discriminados, não raro invisíveis, paisagens, canções, violência de Estado, a situação de emergência, rosas brancas, a revolta, a busca de expressão, a tentativa de ocupação de um lugar nesse mundo. Olhando as imagens, o contrabaixista Nicolas Crosse propõe-se o desafio de tentar traduzir os sentimentos desses cidadãos marginalizados em música capaz de preencher as fissuras sociais.