Hugh Jackman e Anne Hathaway brilham em “Os Miseráveis”.

O filme é grandioso, desde a cena inicial somos apresentados a grandiosidade da película, e aos sofrimentos que o personagem de Hugh Jackman irá sofrer. A história do filme é bem interessante, porém o diretor pesou na mão. O filme poderia ser pelo menos 20 minutos menor, o filme torna-se cansativo na reta final, justamente quando deveria ser mais empolgante para o público. O filme derrapa e feio, fica enfadonho ver os atores cantando quando não se tem mais nada para contar. O elenco do filme, de peso, cumpre bem sua missão. Hugh Jackman está perfeito no papel de Jean Valjean. O ator consegue transmitir toda a emoção que o personagem exige e não faz feio durante as cantorias. Anne Hathaway, o que se falar desta atriz que sem sombra de dúvidas está bem acima da média de sua geração. Ela está simplesmente perfeita na pele de Fantine. Apesar de pouco tempo na tela, Anne marca bem seu espaço no filme e faz sim a diferença. Ela faz com que o público se compadeça de todo o sofrimento que sua personagem  passa. Até mesmo Russell Crowe consegue cumprir sua tarefa com mérito, apesar de seu fraco talento. Suas cenas com Hugh Jackman são bem desenvolvidas e importantes parar a história que está sendo contada. A cena final do filme é épica, grandiosa e muito emocionante, apesar de quase não chegar. Enfim, Os Miseráveis tem muitos pontos positivos e algumas derrapagens. Poderia sim, ser o grande filme do ano, porém a oportunidade foi despedaçada. A ida ao cinema vale pela grandiosidade das cenas e dos cenários, e sem sombra de dúvidas, pela atuação de Hugh Jackman e Anne Hathaway.

Nota: 6,0

Les Miserables, 2012. Direção: Tom Hooper. Com: Hugh Jackman, Russell Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried, Sacha Baron Cohen, Helena Bonham Carter, Eddie Redmayne, Aaron Tveit, Samantha Barks, Daniel Huttlestone. 158 Min. Musical.

Manoel Gelcimar Delmino de Lima, é Funcionário Público/Acadêmico de Direito e amante da 7ª Arte.