Certa vez eu escutei alguém dizer em um podcast: “Os filmes do Tom Cruise, só em olhar o cartaz eu já fico suado”. A frase faz sentido quando assistimos aos filmes de ação de Tom. O astro mostra que não perdeu o feeling da ação, com filmes como Missão Impossível 3, Missão: Impossível – Protocolo Fantasma, No Limite do Amanhã e Jack Reacher: O Último Tiro, filmes que realmente conseguem tirar o fôlego do espectador. Aqui em Missão: Impossível – Nação Secreta, Tom Cruise e companhia nos entregam um filme inteligente, com ação desenfreada e humor na medida certa, que mais uma vez nos tira o fôlego, nesta que é uma das franquias mais charmosas do cinema.

No filme, o agente Ethan Hunt investiga uma agência de espiões (secreta) chamada Sindicato. Mas as investigações passam por momentos críticos, porque o governo americano quer fechar a IMF, agência de Hunt, principalmente por achar que a agência Sindicato não passa de uma invenção de Hunt para justificar seus próprios crimes. Ethan Hunt tenta assim evitar que políticos europeus sejam assassinados, enquanto o seu próprio país o caça.

Missão: Impossível – Nação Secreta merece ser visto com tudo o que se tem direito em termos de qualidade de cinema, como por exemplo em uma sala IMAX. A imersão que a tela gigante dá, em conjunto com o som espetacular fazem a experiência ser impressionante. A imersão é tão grande, que não se assuste se em alguns momentos você se pegar desviando de alguns tiros… em uma certa cena, acontece um acidente de moto, e o som da cena é tão perfeito, que é como se o acidente acontecesse com você.

O elenco principal é recheado de caras conhecidas. Tom Cruise está mais uma vez incrível em cena e mais uma vez o ator faz cenas inacreditáveis, e lembrem-se que ele não gosta de dublês. A cena do avião, que estampou cartazes, é logo no início, e já nos coloca no clima do que será o filme. Outro ponto acertado da franquia e não apenas no filme, é o personagem Benji, vivido pelo simpático Simmon Pegg. Aqui, Benji funciona muito bem como o alívio cômico, e é incrível como Simmon Pegg está a vontade no papel. Não tenho medo de dizer que depois de Tom Cruise, Simmon Pegg foi a escolha mais acertada para fazer parte da franquia. Jeremy Renner vai bem, seu personagem nos mostra uma certa dualidade em sua lealdade, o que o deixa com um ar de mistério. O bom e velho Ving Rhames também está presente e Alec Baldwin faz sua estreia na franquia.

Quem também merece destaque na trama, é a atriz Rebecca Ferguson. A Sueca se destaca tanto por sua beleza como por suas cenas de ação. A franquia Missão: Impossível sempre mostrou belas mulheres envolvidas nas cenas de ação. Mulheres como a francesa Emmanuelle Béart, a americana Paula Patton e a inglesa Thadie Newton se destacaram em filmes anteriores, e nesse Rebecca Fergurson nos mostra uma personagem infiltrada na agência Sindicato que se envolve com Hunt. Sua personagem é envolvente e não confiável ao mesmo tempo, e assim muito bem construída pela atriz.

O filme é dirigido por Christopher McQuarrie, parceiro de Cruise em Jack Reacher: O Último Tiro. Aqui o diretor mostra que consegue segurar um filme de uma franquia grande, e que balanceou muito bem a ação com o humor da maneira correta, sem cair na galhofa e sem perder o foco do filme. O diretor mostra que entende de ação, e realizando um filme com o personagem Ethan Hunt, espere uma ação alucinante.

Missão Impossível chega ao seu quinto filme, e a franquia mostra que tem fôlego para outras empreitadas de Ethan Hunt e companhia. Se mantiver a qualidade de todos os filmes da franquia, estaremos aguardando ansiosos.

Esse texto se autodestruirá em cinco segundos…

Mission: Impossible – Rogue Nation, 2015. Direção: Christopher McQuarrie. Com: Tom Cruise, Jeremy Renner, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Ving Rhames, Sean Harris, Tom Hollander, Alec Baldwin. 131 Min. Ação.