gênero: Musical, Drama, Biografia
duração: 02h 14 min
ano de lançamento: 2018
estúdio: GK Films, New Regency Pictures
direção: Bryan Singer
roteiro: Anthony McCarten, Peter Morgan
fotografia: Newton Thomas Sigel
direção de arte:Aaron Haye
Ao se juntar com Brian May e John Deacon, Freddie Mercury ajuda a criar uma das maiores bandas da história: o Queen. Mas a banda terá que enfrentar desafios para conciliar a fama com suas vidas pessoais, além das extravagâncias de Mercury.
Eu tenho certeza que os fãs de Queen irão me odiar por esse post, mas me desculpem, o filme não está à altura da banda.
Não tive a chance de assisti-lo no cinema, o que acredito que faz uma grande diferença, com uma trilha sonora como essa, ver o filme em uma sala com uma acústica correta deve ser uma experiência completamente diferente da que eu tive. Ainda assim, acredito que as questões estão além disso.
Talvez o trailer, as opiniões que ouvi antes de assistir ou todo o furor criado em volta do filme tenha deixam minhas expectativas muito altas e elas não foram atingidas, apenas isso. Mas vamos por partes.
Primeiro, o roteiro. Acredito que tenha ficado de certa forma superficial. Não se trata de uma biografia concreta da banda, também não é uma biografia do Fred Mercury, nem uma história sobre a composição da música que dá título ao filme. A impressão que fica é que quiseram abordar vários pontos sobre a banda, o vocalista, seus processos criativos, e no final acabaram sendo rasos sobre tudo. Quando parece que vão se aprofundar em uma linha de raciocínio, simplesmente mudam para outra questão.
Outro ponto que me incomodou muito foram as montagens dos shows, simplesmente estão mal feitas, são visíveis as montagens digitais. O show do Rock in Rio, por exemplo, parece mais um show pequeno de começo de carreira, inclusive nem mostram muito no filme, deixam aparecer mais através da TV daqueles que o assistem.
Agora, as interpretações. Não sou profunda conhecedora de Freddie Mercury para afirmar que Rami Malek está ou não parecido nos gestos e jeito com ele, e não questiono sua capacidade como ator, é sim bom no que faz e passa muito bem o jeito de um superstar extravagante. Porém, a única coisa que me chamou a atenção durante todo o filme foi o seu claro incômodo com a prótese dentária, não tenho certeza se acredito ser merecido sua indicação a melhor ator. A atuação de Gwilym Lee como Brian May me chamou muito mais atenção, por exemplo, a sensação que tenho é que voltaram no tempo e o colocaram jovem no filme, e ele nem está indicado.
No momento o filme Bohemian Rhapsody está mexendo muito com as emoções das pessoas, principalmente os fãs da banda, mas não me impressionará em nada se daqui uns anos cair no esquecimento.
CLASSIFICAÇÃO: REGULAR
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