Produzido em 1977 como minissérie, e exibido com grande sucesso em vários países, "Jesus de Nazaré" tem duas grandes mentes por trás de sua produção: o diretor Franco Zefirelli (Romeu e Julieta), que empresta seu exuberante estilo visual à série, e Anthony Burgess, autor de 'Laranja Mecânica' (!), que colaborou com o roteiro.
Filmada em locação na Tunísia e no Marrocos, o que já contribui para as belas paisagens que parecem realmente ser de 2.000 anos atrás, a minissérie escalou competentes atores para seus respectivos papéis. Os coadjuvantes não-famosos se destacam: James Farentino faz um excelente Pedro, com olhos tristes, Ian McShane quase nos faz ter pena de Judas, com sua atuação contida e sincera, Michael York está excelente como um intenso João Batista e Yorgo Voyagis surge como um simpático José. No âmbito das estrelas, temos Olivia Hussey como Maria, Anne Bancroft como Maria Madalena, e mais um monte de gente famosa: Laurence Olivier, James Earl Jones, Anthony Quinn, Donald Pleasence, etc…
Robert Powell, um ilustre desconhecido, pegou o complexo papel de Jesus. E ele o interpreta com a solenidade que o papel pede. Calmo, mas imponente.
O roteiro é interessante, no que tenta harmonizar os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) cronologicamente enquanto narra a vida de Jesus, e cria novos eventos, supostamente para levantar questões não abordadas pelos livros. E embora façam sentido de alguma forma e não sejam desrespeitosas, deve-se lembrar que no fim, não fazem parte dos eventos narrados na Bíblia. Outra coisa interessante é que Zefirelli prefere uma abordagem mais natural de Jesus, e mesmo nas cenas dos milagres, não emprega efeitos especiais. É válido, mas com isso, deixa de fora grandes cenas, como Jesus caminhando na água, mudando água para vinho, os 40 dias no deserto, entre outras passagens interessantes.
É um filme que vale ser conferido mesmo se você não possui crenças religiosas, pois trata-se de uma história épica e atemporal, com personagens cativantes e ambientação perfeita, incluindo trilha sonora intrigante de Maurice Jarre (o mesmo de Ghost).
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Jesus de Nazaré
3.7 153Produzido em 1977 como minissérie, e exibido com grande sucesso em vários países, "Jesus de Nazaré" tem duas grandes mentes por trás de sua produção: o diretor Franco Zefirelli (Romeu e Julieta), que empresta seu exuberante estilo visual à série, e Anthony Burgess, autor de 'Laranja Mecânica' (!), que colaborou com o roteiro.
Filmada em locação na Tunísia e no Marrocos, o que já contribui para as belas paisagens que parecem realmente ser de 2.000 anos atrás, a minissérie escalou competentes atores para seus respectivos papéis. Os coadjuvantes não-famosos se destacam: James Farentino faz um excelente Pedro, com olhos tristes, Ian McShane quase nos faz ter pena de Judas, com sua atuação contida e sincera, Michael York está excelente como um intenso João Batista e Yorgo Voyagis surge como um simpático José. No âmbito das estrelas, temos Olivia Hussey como Maria, Anne Bancroft como Maria Madalena, e mais um monte de gente famosa: Laurence Olivier, James Earl Jones, Anthony Quinn, Donald Pleasence, etc…
Robert Powell, um ilustre desconhecido, pegou o complexo papel de Jesus. E ele o interpreta com a solenidade que o papel pede. Calmo, mas imponente.
O roteiro é interessante, no que tenta harmonizar os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) cronologicamente enquanto narra a vida de Jesus, e cria novos eventos, supostamente para levantar questões não abordadas pelos livros. E embora façam sentido de alguma forma e não sejam desrespeitosas, deve-se lembrar que no fim, não fazem parte dos eventos narrados na Bíblia. Outra coisa interessante é que Zefirelli prefere uma abordagem mais natural de Jesus, e mesmo nas cenas dos milagres, não emprega efeitos especiais. É válido, mas com isso, deixa de fora grandes cenas, como Jesus caminhando na água, mudando água para vinho, os 40 dias no deserto, entre outras passagens interessantes.
É um filme que vale ser conferido mesmo se você não possui crenças religiosas, pois trata-se de uma história épica e atemporal, com personagens cativantes e ambientação perfeita, incluindo trilha sonora intrigante de Maurice Jarre (o mesmo de Ghost).