Confesso que não teria entendido nada, não fosse uma palestra que assisti antes, que me clareou muito. Principalmente pelo fato de resgatar valores do Expressionismo alemão, constantes no filme, o que pode levar a compreender muita coisa acerca do enredo e da estética. O filme foca, principalmente, no colapso da família burguesa, esse desastre disfarçado pelas instituições política e religiosa. Essa família, que não possui comunicação nem afeto, o homem que não quer abrir mão do status de "marido", a mulher infiel com seus fantasmas interiores, que se nega a fingir. Aquele ser repugnante que Anna esconde do mundo: seria Deus, ou seria seu verdadeiro interior, seus desejos materializados num monstro sórdido e incompreensível que ela alimenta, venera, sacia? Sinceramente, não sei. Obviamente, se for Deus, está representando toda a hipocrisia por trás da imagem religiosa: horroroso, incestuoso. Mas, no fim, imagem e semelhança. E por que "Possessão"? é difícil. A possessão no sentido mais óbvio, a posse pelo status, ou mais próximo de "obsessão", loucura? Ou a posse do Deus bizarro do filme? Fica essa dúvida. Na verdade, ficam muitas. Mas é um filme incrível, vale a pena ser visto, causar aquele incômodo. Adjani tá incrivelmente linda e macabra, com aquela cara de anjo em contraste com aquelas "danças" de possessão e os gritos viscerais de horror. Não é óbvio: no começo, parece tratar de algo completamente diferente: um marido enciumado, louco. Logo depois, a reviravolta, e no fim, o desolamento, a incoerência. Vários pontos ficam sem resposta, como o "duplo" da Anna (a professora perfeita e sensata), a criança nesse caos todo... E isso é ótimo, essa coisa de terminar sem as respostas, sem ver o fim. É um filme incrivelmente inteligente, agonizante, brilhante.
Não é um filme óbvio, nem mais uma história romântica. Entre as lembranças e o presente, há a percepção aguçada e sensível do Oliver, que dá o tom colorido e sarcástico à história. Há o amor incondicional, a incompreensão sobre si mesmo, a solidão, e ao mesmo tempo em que você sente esperança, sente o vazio da vida das pessoas. Ninguém é completo, ninguém tem respostas. Talvez o cachorro. Chorei e sorri.
O filme mostra, de uma forma bem difícil de entender, a amizade que se torna idolatria, a demagogia sobre a fraqueza e o descontrole, o sufoco. As atuações Hoffman e principalmente do Phoenix ficaram perfeitas, e é o que te mantém preso na história até um fim, que surpreende.
Um dos filmes mais bonitos que vi ultimamente. Lindíssima trilha sonora. Tem uma densidade psicológica raramente abordada em filmes lésbicos, além de cenas perfeitas, de uma fotografia linda, e tudo isso dentro de um quarto. Mais do que muita gente vive em uma vida.
o fato do personagem do Heath Ledger mudar várias vezes de rosto (e em certo momento ser substituído pelo Johnny Depp) ser devido à morte dele, durante as filmagens do filme.
É mais sobre preparação,as relações afetivas, e a mudança de Elli o que tá em jogo nesse filme. É bem suave a forma como a trama é conduzida, deixando o filme meio arrastado mas interessante, e com lances de humor. Como muitos disseram, a trilha sonora não convida a reviver o momento, o que não me surpreende vindo de Ang Lee. Mas não menospreza o filme, que é sim, muito bom. Dá muita vontade de se jogar na lama!!!
Por que as pessoas tem tanto problema pra entender que cada obra é uma obra, e uma adaptação pro cinema nunca vai coincidir com a expectativa do leitor? O nome disso é re-significação, e precisa ser respeitada. O filme é um pouco vazio, mas entendo que deve estar relacionado a própria incompletude da Melissa, uma incompletude que unida à sua inocência, se coloca no lugar de objeto, de objetificada. busca de forma precipitada e incompreendida ser preenchida, e portanto lhe causa cada vez mais decepções. O sexo no caso, é uma fuga mesmo, da rejeição, uma tentativa de ser reconhecida por dentro e por fora, o que pode causar justamente o efeito oposto.
Qualquer obra literária, se tratando de adaptação pra cinema e tv, é re-significada e recriada, não havendo necessidade de comparações, pois são dois campos distintos da representação. As pessoas se sentem na necessidade de ficar rotulando essas adaptações como capazes ou não de transmitir o que o livro quer dizer. Acho que não! Acho que serve mesmo para ser colocada à prova, toda essa história de "autoria" da história.
Enfim, falando do filme... Acho que to ainda imersa no sentimentalismo criado pelo filme pra fazer uma análise melhor, mas é uma obra sensacional, eu diria que A grande obra cinematográfica brasileira, ou uma das. Um filme lindo, seja pela fotografia, seja pela capacidade de submersão na história através da ótica da criança, que recria seu espaço e é capaz de suportar dores tão fortes, que o mundo adulto mal consegue. A importância do espaço na história, o espaço como reação da própria visão (Thiago diz "Mutum é bonito!" e a mãe olha com ar de recriminação). Ajuda a desmistificar a ideia da infância idealizada, feliz, inocente, com um personagem questionador da própria realidade, na adaptação dos próprios valores. A cena final,
quando Thiago coloca os óculos e olha toda a paisagem à sua volta, olha a amplitude do espaço, a beleza, e entende quão grande e vazio é tudo aquilo e decide partir
, é uma das cenas mais comoventes que já vi no cinema.
Posso arriscar a dizer que é o grande filme de terror dos anos 60: Linear, psicológico, mas intenso, no qual a trama se tece sob sinais, e não evidências. Muito sofisticado, seja pelas tomadas de cena maravilhosas, seja pelo desenrolar de uma história sem exageros visuais, onde o pavor cresce sem o próprio expectador se dar conta. Aquela angústia tolerável, mas inquietante. E o final, discordando de muitos aqui, é sensacional, não poderia ter sido melhor.
No fim, ela é rendida pelo amor ao filho, que é incondicional, não importa como seja a aparência do "bebê". Foi gerado nela e ela simplesmente não o renega.
O que deixa a história inacabada, ou seja, ainda mais assustadora.
Até agora, achei o filme mais desconfortante do Bergman. Você sente toda a força da dor, do ódio, da indiferença de cada personagem. A imagem feminina pode ser tão dócil e confortante como pura ruína e escuro. Algumas cenas são apresentadas numa aura de natureza morta, o que pode ser exatamente subtendido no cenário como parte da relação familiar indiferente tecida pelo filme. Cenas tingidas de vermelho, refletindo a angústia do familiar, a dor inflamada nessas figuras emblemáticas e misteriosas. O filme é submerso na melancolia e na angústia (o barulho do relógio, o vento), cortado então nas cenas de pura histeria, na tentativa de se livrar dessa angústia pelos gritos.
no suposto sonho onde Agnes aparece pedindo consolo às irmãs pra suportar a morte e é desprezada
não se tem muita noção da divisão entre sonho e realidade. Se torna um conflito psicológico no qual o próprio expectador não consegue se situar nem sair. As próprias personagens buscam o conforto nas imagens da infância, de um passado obscuro mas que ainda assim parece reconfortante.
(Maria hipnotizada pela sua casa de bonecas, e o impulso incontrolável de sedução ao homem mais velho - a figura paterna)
A beleza estonteante e ao mesmo tempo superficial de Maria assim como seus gestos egoístas oferecendo carinho e consolo, a (suposta) frieza de Karin, a ternura de Anna (que, me arrisco a dizer, se deve ao excesso do desejo de cuidado pela perda da filha, assim então depositado em Anna), a dor e a sensibilidade de Agness... Poderia dizer que me encontrei um pouco em cada uma dessas personagens, o que parece assustador. Em alguns momentos, eu só queria me livrar da dor que o filme causava, mas quem consegue se livrar disso? O filme é isso, esse mergulho intenso na própria alma, um mergulho desolador.
Filme pesado, seja pelo constante silêncio, pelo estilo de cena tendendo pro documental (a vida das crianças é apenas apresentada, de forma crua, sem intervenções), seja pela dor persistente. A sensação como espectador é de uma dor, um incômodo estável. Não há escândalo: há o pacto do silêncio, uma irmandade inquebrável. E, pra dizer a verdade, não há culpados (pensando pelo lado da sensação cinematográfica)
A mãe que abandona é a mesma que foi abandonada várias vezes, ela é tão infantil ou até mais do que os filhos, tendendo mais para uma espécie de irmã.
O filme nesse sentido é ainda mais amargo, duro. Não oferece esperança. Talvez seja essa mesma a intenção: relatar a infância pelo lado do "amadurecimento precoce" na sociedade japonesa.
, além de momentos de breve "adrenalina" e então a volta à expectativa e ao desfecho. O tipo de filme pra assistir quando quiser voltar à inocência. Acho que pra assisti-lo verdadeiramente, tem que deixar pra lá um pouco da crítica regular e ter um tato de criança. Pretendo revê-lo milhares e milhares de vezes!
Pra mim, Persona representa a linha tênue da nossa singularidade, do conflito existencial entre o ser, o não-ser e o parecer, e principalmente da fragilidade e da força na busca da adaptação em si mesma, e no caso, do conflito entre ambas, o desejo da complementação. O silêncio diz mais do que parece, e poucas pessoas o sentem de verdade (Alma sente, e isso a perturba). Ele diz o que não somos capazes de exprimir em palavras, em atitudes. Existe algo mais perturbador, intenso e verdadeiro que o silêncio? É conflitante, esmagador, delicado, por isso mesmo às vezes difícil de digerir e encontrar algum sentido.
Achei que a sacada desse filme foi a fotografia, remetendo à nostalgia do Zezé todo o tempo, e retratando formidavelmente a força da imaginação de uma criança, os medos e os delírios, deixando o filme especialmente delicado, divertido e emocionante.
Documentário necessário, que expõe a influência definitiva dos EUA sobre o golpe militar, e reforçando o fato de que entre a "democracia" em que vivemos e a ditadura sangrenta, existem apenas palavras ideológicas.
Zumbis na Neve
2.9 315O que fazer quando se luta com um zumbi: coma o zumbi
Possessão
3.9 584Confesso que não teria entendido nada, não fosse uma palestra que assisti antes, que me clareou muito. Principalmente pelo fato de resgatar valores do Expressionismo alemão, constantes no filme, o que pode levar a compreender muita coisa acerca do enredo e da estética.
O filme foca, principalmente, no colapso da família burguesa, esse desastre disfarçado pelas instituições política e religiosa. Essa família, que não possui comunicação nem afeto, o homem que não quer abrir mão do status de "marido", a mulher infiel com seus fantasmas interiores, que se nega a fingir.
Aquele ser repugnante que Anna esconde do mundo: seria Deus, ou seria seu verdadeiro interior, seus desejos materializados num monstro sórdido e incompreensível que ela alimenta, venera, sacia? Sinceramente, não sei. Obviamente, se for Deus, está representando toda a hipocrisia por trás da imagem religiosa: horroroso, incestuoso. Mas, no fim, imagem e semelhança.
E por que "Possessão"? é difícil. A possessão no sentido mais óbvio, a posse pelo status, ou mais próximo de "obsessão", loucura? Ou a posse do Deus bizarro do filme? Fica essa dúvida. Na verdade, ficam muitas. Mas é um filme incrível, vale a pena ser visto, causar aquele incômodo.
Adjani tá incrivelmente linda e macabra, com aquela cara de anjo em contraste com aquelas "danças" de possessão e os gritos viscerais de horror.
Não é óbvio: no começo, parece tratar de algo completamente diferente: um marido enciumado, louco. Logo depois, a reviravolta, e no fim, o desolamento, a incoerência.
Vários pontos ficam sem resposta, como o "duplo" da Anna (a professora perfeita e sensata), a criança nesse caos todo... E isso é ótimo, essa coisa de terminar sem as respostas, sem ver o fim.
É um filme incrivelmente inteligente, agonizante, brilhante.
Toda Forma de Amor
4.0 1,0K Assista AgoraNão é um filme óbvio, nem mais uma história romântica. Entre as lembranças e o presente, há a percepção aguçada e sensível do Oliver, que dá o tom colorido e sarcástico à história. Há o amor incondicional, a incompreensão sobre si mesmo, a solidão, e ao mesmo tempo em que você sente esperança, sente o vazio da vida das pessoas. Ninguém é completo, ninguém tem respostas.
Talvez o cachorro.
Chorei e sorri.
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraO filme mostra, de uma forma bem difícil de entender, a amizade que se torna idolatria, a demagogia sobre a fraqueza e o descontrole, o sufoco. As atuações Hoffman e principalmente do Phoenix ficaram perfeitas, e é o que te mantém preso na história até um fim, que surpreende.
Um Quarto em Roma
3.4 503Um dos filmes mais bonitos que vi ultimamente. Lindíssima trilha sonora. Tem uma densidade psicológica raramente abordada em filmes lésbicos, além de cenas perfeitas, de uma fotografia linda, e tudo isso dentro de um quarto. Mais do que muita gente vive em uma vida.
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus
3.7 1,4K Assista AgoraMais triste foi perceber, ao final do filme, que
o fato do personagem do Heath Ledger mudar várias vezes de rosto (e em certo momento ser substituído pelo Johnny Depp) ser devido à morte dele, durante as filmagens do filme.
Ha Ha Ha
3.3 7301 dúvida: coreanos são tão alcoólatras assim mesmo?
Aconteceu em Woodstock
3.7 512 Assista AgoraÉ mais sobre preparação,as relações afetivas, e a mudança de Elli o que tá em jogo nesse filme. É bem suave a forma como a trama é conduzida, deixando o filme meio arrastado mas interessante, e com lances de humor. Como muitos disseram, a trilha sonora não convida a reviver o momento, o que não me surpreende vindo de Ang Lee. Mas não menospreza o filme, que é sim, muito bom. Dá muita vontade de se jogar na lama!!!
100 Escovadas Antes de Dormir
2.7 503Por que as pessoas tem tanto problema pra entender que cada obra é uma obra, e uma adaptação pro cinema nunca vai coincidir com a expectativa do leitor? O nome disso é re-significação, e precisa ser respeitada.
O filme é um pouco vazio, mas entendo que deve estar relacionado a própria incompletude da Melissa, uma incompletude que unida à sua inocência, se coloca no lugar de objeto, de objetificada. busca de forma precipitada e incompreendida ser preenchida, e portanto lhe causa cada vez mais decepções. O sexo no caso, é uma fuga mesmo, da rejeição, uma tentativa de ser reconhecida por dentro e por fora, o que pode causar justamente o efeito oposto.
Mutum
3.8 70 Assista AgoraQualquer obra literária, se tratando de adaptação pra cinema e tv, é re-significada e recriada, não havendo necessidade de comparações, pois são dois campos distintos da representação. As pessoas se sentem na necessidade de ficar rotulando essas adaptações como capazes ou não de transmitir o que o livro quer dizer. Acho que não! Acho que serve mesmo para ser colocada à prova, toda essa história de "autoria" da história.
Enfim, falando do filme... Acho que to ainda imersa no sentimentalismo criado pelo filme pra fazer uma análise melhor, mas é uma obra sensacional, eu diria que A grande obra cinematográfica brasileira, ou uma das. Um filme lindo, seja pela fotografia, seja pela capacidade de submersão na história através da ótica da criança, que recria seu espaço e é capaz de suportar dores tão fortes, que o mundo adulto mal consegue. A importância do espaço na história, o espaço como reação da própria visão (Thiago diz "Mutum é bonito!" e a mãe olha com ar de recriminação).
Ajuda a desmistificar a ideia da infância idealizada, feliz, inocente, com um personagem questionador da própria realidade, na adaptação dos próprios valores.
A cena final,
quando Thiago coloca os óculos e olha toda a paisagem à sua volta, olha a amplitude do espaço, a beleza, e entende quão grande e vazio é tudo aquilo e decide partir
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraPosso arriscar a dizer que é o grande filme de terror dos anos 60: Linear, psicológico, mas intenso, no qual a trama se tece sob sinais, e não evidências. Muito sofisticado, seja pelas tomadas de cena maravilhosas, seja pelo desenrolar de uma história sem exageros visuais, onde o pavor cresce sem o próprio expectador se dar conta. Aquela angústia tolerável, mas inquietante. E o final, discordando de muitos aqui, é sensacional, não poderia ter sido melhor.
No fim, ela é rendida pelo amor ao filho, que é incondicional, não importa como seja a aparência do "bebê". Foi gerado nela e ela simplesmente não o renega.
Nunca Fui Santa
3.7 295"É muito fácil ser santa quando não se sente atraída, não é?"
Gritos e Sussurros
4.3 472Até agora, achei o filme mais desconfortante do Bergman. Você sente toda a força da dor, do ódio, da indiferença de cada personagem. A imagem feminina pode ser tão dócil e confortante como pura ruína e escuro.
Algumas cenas são apresentadas numa aura de natureza morta, o que pode ser exatamente subtendido no cenário como parte da relação familiar indiferente tecida pelo filme. Cenas tingidas de vermelho, refletindo a angústia do familiar, a dor inflamada nessas figuras emblemáticas e misteriosas.
O filme é submerso na melancolia e na angústia (o barulho do relógio, o vento), cortado então nas cenas de pura histeria, na tentativa de se livrar dessa angústia pelos gritos.
Acho que nunca me senti tão desolada como na cena em que Agnes dá aquele grito AAAAAAA, implorando para cessarem a sua dor, pouco antes de morrer.
Em certos momentos, como
no suposto sonho onde Agnes aparece pedindo consolo às irmãs pra suportar a morte e é desprezada
(Maria hipnotizada pela sua casa de bonecas, e o impulso incontrolável de sedução ao homem mais velho - a figura paterna)
A beleza estonteante e ao mesmo tempo superficial de Maria assim como seus gestos egoístas oferecendo carinho e consolo, a (suposta) frieza de Karin, a ternura de Anna (que, me arrisco a dizer, se deve ao excesso do desejo de cuidado pela perda da filha, assim então depositado em Anna), a dor e a sensibilidade de Agness... Poderia dizer que me encontrei um pouco em cada uma dessas personagens, o que parece assustador. Em alguns momentos, eu só queria me livrar da dor que o filme causava, mas quem consegue se livrar disso? O filme é isso, esse mergulho intenso na própria alma, um mergulho desolador.
Universidade do Prazer
1.1 147 Assista AgoraSensacional, gente. A atuação da Paris deixa qualquer Meryl Streep no chinelo. O roteiro também, bastante original
7 Dias em Havana
3.5 79 Assista AgoraUma farofa com Gaspar Noé, Benício Del Toro e Daniel Brühl. Vamos ver se dá certo!
Ninguém Pode Saber
4.3 227Filme pesado, seja pelo constante silêncio, pelo estilo de cena tendendo pro documental (a vida das crianças é apenas apresentada, de forma crua, sem intervenções), seja pela dor persistente. A sensação como espectador é de uma dor, um incômodo estável. Não há escândalo: há o pacto do silêncio, uma irmandade inquebrável. E, pra dizer a verdade, não há culpados (pensando pelo lado da sensação cinematográfica)
A mãe que abandona é a mesma que foi abandonada várias vezes, ela é tão infantil ou até mais do que os filhos, tendendo mais para uma espécie de irmã.
O filme nesse sentido é ainda mais amargo, duro. Não oferece esperança. Talvez seja essa mesma a intenção: relatar a infância pelo lado do "amadurecimento precoce" na sociedade japonesa.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraA fotografia perfeita, atuações duras, mas delicadas. Muita gente reclamando dos exageros, mas pra mim é só uma intensidade propositalmente infantil
como os tão criticados raios
O tipo de filme pra assistir quando quiser voltar à inocência. Acho que pra assisti-lo verdadeiramente, tem que deixar pra lá um pouco da crítica regular e ter um tato de criança. Pretendo revê-lo milhares e milhares de vezes!
A Outra Terra
3.7 874 Assista AgoraMaqueporra to mal
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraPra mim, Persona representa a linha tênue da nossa singularidade, do conflito existencial entre o ser, o não-ser e o parecer, e principalmente da fragilidade e da força na busca da adaptação em si mesma, e no caso, do conflito entre ambas, o desejo da complementação. O silêncio diz mais do que parece, e poucas pessoas o sentem de verdade (Alma sente, e isso a perturba). Ele diz o que não somos capazes de exprimir em palavras, em atitudes. Existe algo mais perturbador, intenso e verdadeiro que o silêncio?
É conflitante, esmagador, delicado, por isso mesmo às vezes difícil de digerir e encontrar algum sentido.
Ao final, o ódio da mãe pelo filho é assustador. Quem ousaria dizer isso, se não com o silêncio?
O Degelo
2.5 141 Assista AgoraSe tem Val Kilmer, é bom que a pipoca esteja boa
Batman Eternamente
2.6 720 Assista Agorasupra-sumo do trash (que era pra ser sério). Adoro
Submarine
4.0 1,6KA cada vez que assisto, mais me apaixono e me apego aos detalhes. E amo mais os personagens.
Meu Pé de Laranja Lima
3.9 341Achei que a sacada desse filme foi a fotografia, remetendo à nostalgia do Zezé todo o tempo, e retratando formidavelmente a força da imaginação de uma criança, os medos e os delírios, deixando o filme especialmente delicado, divertido e emocionante.
O Dia que Durou 21 Anos
4.3 227Documentário necessário, que expõe a influência definitiva dos EUA sobre o golpe militar, e reforçando o fato de que entre a "democracia" em que vivemos e a ditadura sangrenta, existem apenas palavras ideológicas.